Pastor é agredido por guarda em frente a filha no Rio: “Me chamou de preto safado”

Daniel Pereira disse que sofreu injúria racial e teve o vidro do carro quebrado por defender sua filha.

Fonte: Guiame, com informações de ExtraAtualizado: sexta-feira, 16 de dezembro de 2022 às 12:48
Daniel Pereira disse que sofreu injúria racial por defender sua filha do agente. (Foto: Reprodução/Extra).
Daniel Pereira disse que sofreu injúria racial por defender sua filha do agente. (Foto: Reprodução/Extra).

Um pastor foi agredido por um guarda municipal em frente à filha, no centro do Rio de Janeiro, na quarta-feira (21). 

Daniel Pereira relatou que ainda foi vítima de injúria racial por parte do agente, que o chamou de “preto safado”.

Um vídeo postado nas redes sociais mostra o guarda dando socos no pastor, que estava dentro do carro, estacionado na Rua da Assembleia. Após a agressão, ele correu do local.

“Não desejo isso nem para o meu pior inimigo. Ele me chamou de ‘preto safado’. Sei bem que sou uma pessoa forte para lidar com esses preconceitos”, afirmou Daniel.

De acordo com o líder, a discussão começou porque o guarda intimidou sua filha de 14 anos, que esperava dentro do carro.

Protegendo sua filha

Daniel estacionou em um local irregular para buscar um documento no cartório. Logo depois, ele recebeu uma ligação da filha, que sofre de transtorno de ansiedade, dizendo que o agente o multaria e rebocaria o veículo.

“Sei que estava estacionado em lugar errado. Ela me ligou desesperada. Eu a acalmei e voltei. O papel que desempenhei foi de um pai protetor. Fui até ele questioná-lo de por que ele a tratou assim, com uma pressão moral. Multa a gente paga, recorre. Minha filha está traumatizada, desde ontem sem dormir”, disse o pastor.

Ele ainda denunciou que o agente atirou uma pedra contra o carro, quebrando o vidro e deixando estilhaços no banco do motorista. Daniel deixou o veículo na delegacia da Polícia Civil para uma perícia.

Em depoimento, o agente municipal afirmou que Daniel o agrediu e entrou no carro. Segundo o guarda, o pastor resistiu ao receber voz de prisão e ele tentou retirar o homem do veículo com golpes.

Ele disse que fugiu do local por medo de ser atacado. Porém, Daniel nega que tenha o agredido.

“Todo esse imbróglio foi por causa de uma criança que foi intimidada covardemente. Foi a palavra que usei contra ele. Falei que ele é um agente covarde. Não houve desacato nem lesão corporal (de minha parte)”, explicou.

Daniel informou que vai entrar com uma ação judicial contra a Prefeitura do Rio. O agente foi afastado nas ruas e o caso está sendo investigado.



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