Pastor agredido em Mianmar decide perdoar: “Respondo à perseguição com a Bíblia”

Lwin estava conversando e tomando chá quando um monge budista se aproximou e jogou uma chaleira com água quente em seu rosto.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 24 de junho de 2021 às 15:06
O extremismo budista é um dos principais inimigos dos cristãos em Mianmar. (Foto: Portas Abertas)
O extremismo budista é um dos principais inimigos dos cristãos em Mianmar. (Foto: Portas Abertas)

O pastor Lwin (nome fictício por motivos de segurança) vive em Mianmar, onde a perseguição aos cristãos começa muito cedo, porque os meninos são criados para se tornarem monges budistas. 

Lwin seguiu a religião budista até conhecer Jesus. Atualmente, ele é líder cristão e ajuda os seguidores de Cristo que vivem em áreas budistas de Mianmar

Certo dia, Lwin fez uma visita a Naing (nome fictício), um conhecido budista que trabalha numa escola. Enquanto eles tomavam chá e conversavam, um monge que trabalha como encarregado ali, se mostrou muito irritado.

“O que você está fazendo aqui?”, gritou a Lwin, deixando claro que a presença dele não era bem vinda naquele campus. E, antes que ele pudesse se defender, o monge encarregado jogou nele uma chaleira com água quente, ferindo o rosto e o pescoço.

O pastor prestou uma queixa às autoridades locais pelo tratamento injusto, para que aquela cena não seja repetida com outros cristãos. E também reclamou com o monge-chefe da escola. É comum que monges e budistas radicais persigam e intimidem as minorias cristãs que vivem na região. 

Liberando perdão

Depois de participar de um treinamento para situações de perseguição, o pastor Lwin aprendeu a se posicionar diante dos budistas violentos, para conquistar o respeito da liderança budista. E deu certo.

Alguns dias após o incidente, seu amigo Naing ligou dizendo que o monge que o agrediu foi repreendido pelo monge-chefe. Depois de pedir desculpas, o monge-chefe perguntou qual punição deveria ser dada ao monge agressor.

Foi nessa hora que o pastor colocou em prática o que aprendeu no treinamento. Ele simplesmente disse: “Eu não quero revidar”. Lwin liberou perdão sobre aquela vida.

Sua atitude ganhou o respeito e o reconhecimento de todos os outros monges da escola. Além disso, todos os cristãos que estavam orando por aquela situação se alegraram muito com o resultado final.

“Eu aprendi a responder à perseguição com a Bíblia. Como pastor, entendo que não é correto se vingar dos agressores. Nesse caso, senti que o monge estava fazendo isso porque não conhece Deus e porque não consegue controlar a própria raiva”, justificou e concluiu.

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