Deltan Dallagnol se opõe a votos branco e nulo: "É deixar que outros decidam por você"

O procurador da Operação Lava Jato destacou este tipo de voto não tem eficiência como forma de protesto nas eleições.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 19 de setembro de 2018 às 14:35

O voto branco ou nulo pode servir como uma forma de protesto? Se a maioria dos eleitores optarem por este tipo de voto, as eleições poderiam ser anuladas? Recentemente, o pocurador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol publicou um vídeo em suas redes sociais, explicando a resposta é a mesma para estas duas perguntas: Não.

"Quando você vota branco ou nulo, o que você está fazendo é deixar que as outras pessoas decidam por você", alertou Dallagnol.

O procurador avançou em sua explicação, lembrando que se a maioria dos eleitores votasse nulo, estaria realmente colocando a escolha dos futuros governantes da nação nas mãos da minoria.

Do contrário ao uso do voto branco ou nulo como forma de protesto, Deltan defendeu que haja um esforço maior do eleitor em buscar candidatos que defendam causas relevantes e tenham um passado limpo.

"Se a pessoa se dedicar a buscar candidatos, especialmente a deputado federal, estadual e senador, com pouco de esforço acha alguém com passado limpo e que tem uma visão de mundo que atende à sua expectativa em relação ao governo no futuro", afirmou o procurador em uma coletiva de impresa recente.

Contra a corrupção

Grande defensor e divulgador das '10 Medidas Contra a Corrupção', Dallagnol reconhece que o desgaste da população com relação a tanta desonestidade é mais do que evidente, mas também acredita que o combate a este mal vai muito além do cenário político. Esta luta tem que começar dentro da própria sociedade.

"Nós temos um cenário onde a pessoa levanta cartazes contra a corrupção, mas quando ela vai ser multada ela é a primeira a oferecer propina para o guarda", disse ele anteriormente, em resposta ao Guiame. "É uma perspectiva válida porque o problema de corrupção é individual".

O procurador também acredita que sua fé cristã o motivou a entrar para o Ministério Público e combater a corrupção com as ferramentas e a capacitação que lhe tem sido dadas.

"O meu único objetivo de estar no Ministério Público desde que eu ingressei, em razão do meu perfil cristão, é estar lá para buscar fazer justiça, buscar amar o próximo distribuindo a justiça e dando o meu melhor para que a justiça seja feita no nosso País", disse Dallagnol.

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