Menina de 15 anos é agredida ao evangelizar em terminal de ônibus, em Campo Grande

A adolescente foi empurrada por um homem enquanto pregava em um terminal de ônibus ao lado de uma amiga.

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: quinta-feira, 30 de maio de 2019 às 13:51

Uma adolescente de 15 anos foi agredida nesta terça-feira (28) enquanto pregava uma mensagem cristã no Terminal Nova Bahia, região norte de Campo Grande (MS).

Ela estava acompanhada de uma amiga e outra adolescente que fazia a filmagem, quando estava prestes a ler a passagem bíblica de 1 Coríntios 13. O homem levantou, passou na frente da vítima e a empurrou, indo embora em seguida.

“Que Deus te perdoe, irmão. Não precisa fazer isso comigo”, disse a menina, que faz parte da Igreja Sara Nossa Terra.

“Minha filha estava com duas amigas da igreja, por volta das 8 horas. Ela nem estava falando diretamente com ele, até porque o homem permanecia com o rosto virado. É indignante ver o vídeo, eu não aceito e não é porque é minha filha, poderia ser qualquer menina”, disse ao G1 a diarista Vani Garcia da Silva, de 41 anos.

“Ele poderia estar com algum objeto pontiagudo ali e a machucado. Ele deve ser um anticristo, alguém que não gosta de ouvir a palavra de Deus”, acrescentou a mãe da adolescente agredida.

A mãe informou que o boletim de ocorrência está sendo registrado. “Nós fomos até a 3ª Delegacia de Polícia e lá eles orientaram para ir até uma delegacia especializada, já que ela é menor de idade”, contou Vani.

“Minha filha está quieta, receosa, não quer falar muito sobre este assunto. Mas, eu considero o que aconteceu uma violência contra a mulher. Isso não pode acontecer, ela apenas estava evangelizando, já tinha feito isso em escolas”, comentou a mãe.

O padrasto da menina, Johnny Domingos, de 48 anos, disse que a família está horrorizada. “O cara fez isso de repente. Ele levantou e quase a derrubou. Foi um absurdo para um homem com aparência de mais de 30 anos, então decidimos postar nas redes sociais para ver se alguém o conhece. Era só levantar e ir embora”, afirmou.

A delegada Marília de Brito, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), disse que esta pode ser analisada como uma situação vexatória ou de perturbação da tranquilidade, entre outras infrações.

“Provavelmente será apurado mediante Termo Circunstanciado de Ocorrência [TCO]. Teremos de apurar ainda se, além do vídeo, houve alguma agressão verbal, se eles já se conhecem, algo do tipo. No vídeo, o que temos é um empurrão e a infração penal de menor potencial ofensivo será apurada”, disse a delegada ao G1.

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