"O aborto não é só a morte de um bebê, é a morte de uma mãe", diz Sara Winter

A ex-feminista Sara Winter participou da mais recente audiência pública sobre o aborto, na Comissão de Direitos Humanos do Senado e também compartilhou um pouco de seu testemunho na ocasião.

Fonte: GuiameAtualizado: terça-feira, 13 de novembro de 2018 às 13:10
Sara Winter segura nos braços, o seu filho Hector Valentim. (Foto: G1)
Sara Winter segura nos braços, o seu filho Hector Valentim. (Foto: G1)

Na manhã da última quarta-feira (28), a interrupção da gravidez amparada pelo SUS até as 12 semanas de gestação foi debatida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, em uma audiência pública.

O debate contou com a participação de militantes pró-vida, como a ex-feminista Sara Winter, Dóris Hipólito e Rose Santiago, e também com representantes de movimentos a favor do aborto.

Ao receber o direito à palavra, Sara decidiu compartilhar seu impactante testemunho de vida e relatou alguns momentos em que se decepcionou com o movimento feminista, que "a desamparou em um dos momentos em que ela mais precisou de ajuda".

"Eu estou aqui hoje para falar de uma experiência pessoal, com bastante vergonha, bastante medo das coisas que eu fiz e bastante arrependimento. Eu me encontrava em uma situação completamente assustada, amedrontada pelo término de um casamento, de um relacionamento abusivo e descobri que estava grávida de 11 semanas. Eu entrei para o grupo 'Feminismo Brasil' - nem sei se existe ainda. Eu estava com muito medo e queria muito que as pessoas de lá pudessem me ajudar", relatou.

"O que eu mais ouvia era: 'Aborta! Porque isso não é uma vida, é um amontoado de células'. Eu fui para um grupo feminista, procurando ajuda, um emprego, um abraço de amigas, mas o que eu encontrei foram quatro comprimidos de Citotec [remédio abortivo]. Eu recebi esses comprimidos de uma médica, uma ortopedista e fiz a pior coisa da minha vida".

Apoio às mulheres
Ainda compartilhando seu testemunho, Sara confessou que tem visto mais apoio às mulheres grávidas e em crise, dentro das igrejas - mais até mesmo que dentro do próprio movimento feminista.

"Não basta levantar cartazes, ficar brigando com homens no Facebook, achando que vão fazer alguma coisa de bom para as mulheres. Eu sei que o Estado é laico, mas eu nunca achei que fosse dentro de igrejas que eu fosse encontrar pessoas, que fazem muito mais pelas mulheres que o movimento feminista tem feito", disse.

Ego
Sara também alertou que a bandeira do aborto, sustentada pelo movimento estaria mais relacionada à satisfação do ego.

“O movimento feminista só quer legalizar o aborto por questão de ego, porque existem tantas pautas importantes que estão sendo deixadas de lado. O aborto não é só a morte do bebê, é a morte de uma mãe”, declarou.

Clique no vídeo abaixo para conferir o depoimento completo:

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