Segunda-feira, 4 de outubro. Pouco depois do meio-dia, horário de Brasília, eu estava enviando mensagem pelo WhatsApp quando, de repente, não conseguia mais mover o teclado. Pensei: Meu aparelho travou. Afinal, qual nunca? Mas eu estava enganada com meu amiguinho. Ele estava ótimo. Quem não estava bem era o aplicativo que eu estava usando. Descobri isso rapidamente, quando uma colega de trabalho me disse, por outra rede social, que não conseguia enviar mensagem pelo mesmo aplicado. Bom, o decorrer da história todos já sabem e ela só finalizou sete horas depois!
E nesse meio tempo, quase sete longas horas, o que aconteceu? O que você fez? Eu ouvi de tudo. Gente dando graças a Deus porque não precisava responder outros. Pessoas tristes porque gostam de estar conectadas. Outras preocupadas porque dependem comercialmente das redes... Claro que houve transtornos. Imagine chamar uma corrida por aplicativo ou negociações feitas por meio dessas redes. Sim. houve muitos prejuízos. Não podemos negar. Mas despertou reflexões sobre o tempo e sobre o quanto podemos ser menos dependentes das mídias sociais, porque, infelizmente, muitos deixam esses aplicativos ocuparem lugares que não deveriam.
Durante esse tempo, as principais redes sociais ou as mais populares – Facebook, Instagram e WhatApp caíram! Segundo estimativas perto de 3 bilhões de pessoas foram afetadas por esse ‘apagão’. A pergunta que mais se ouviu e acredito que ainda ouviremos foi what’s up, que significa, o que aconteceu?
Surgiram centenas de memes, aquelas brincadeiras tiração de sarro de acontecimentos... que circulam onde? Nas redes sociais. Sim. Existem outras como o Twitter, mas parece que elas não têm a mesma preferência da maioria. Também começaram, como não poderia deixar de ser, as conjecturas que foram de ‘tropeçaram no fio para mostrar que dependemos deles’ até ‘isso foi jogada de marketing’... para mostrar que dependemos deles. As chamadas teorias da conspiração tipo ‘reset’ e ‘pandemia digital’ também não ficaram de fora.
Bem, o fato é que prejuízo para o dono dessas três redes (elas pertencem a uma mesma empresa – Mark Zuckerberg) foi de 6 bilhões de dólares!!! Não parece ter sido uma boa jogada de marketing. Hoje a mídia já informa que o problema surgiu em uma falha no Sistema de Nomes de Domínios - conhecido pela sigla DNS em inglês. Ele funciona como uma agenda de telefones. Ao lado do nome de cada site, aparece uma sequência de números que representa o endereço de IP. É essa sequência que direciona o usuário para um site na internet.
Mas, voltando às opiniões, também ouvimos:
– Existe vida fora das redes sociais!
– É possível se socializar mais e se estressar menos.
– Tivemos mais tempo para usar com coisas mais saudáveis, como conversar com pessoas, interagir com a família e orar.
Aproveito esse gancho pra dizer que sim. As redes sociais nos roubam tempos preciosos demais – e que nunca mais voltarão. Tempo que poderíamos usar pra ler um bom livro, inclusive a Bíblia, pra falar com Deus, pra estudar. Ou seja, tempo para nossa edificação.
Certamente, o proveito seria maravilhoso. Sem estresse. Sem cultivar sentimentos e comportamentos negativos, como egocentrismo, idolatrias, ansiedades, invejas... Além de outros “provocados pelas redes”.
Cultivaríamos nosso lado social, emocional e espiritual, criando valores, esses sim, sem os quais nossa vida fica pior, como amizade, apreço, atenção e amor pelas pessoas, as quais muitas vezes estão do nosso lado literalmente.
Mas, refletindo sobre a queda dessas redes sociais, podemos transportar isso para o nosso relacionamento e comunhão com Deus, o que, de verdade, jamais pode cair! Aliás, no que depender Dele, essa rede está sempre em pé! Nunca cai nem cairá. De maneira nenhuma Ele nos deixará no escuro.
Então, me diga. O que você achou desse dia em que as redes caíram? Você caiu junto ou se levantou para outras possibilidades?
Adriana Bernardo é jornalista e idealizadora do grupo “Amigas de Deus”.
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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