De acordo com Veja, havia tempo que uma minissérie não fazia tanto sucesso de audiência como a minissérie “Amores Roubados”, exibida pela TV Globo, de 06 a 17 de janeiro deste ano. O papel de ladrão de amores alheios coube a Cauã Reymond. Na pele de Leandro Dantas, ele viveu um Don Juan do sertão na arte de seduzir e roubar o amor de mulheres, sem se importar se eram casadas ou solteiras. Nunca se roubou tanto amor alheio como nos dias de hoje, dias de redes sociais. Ontem, enquanto aguardava a minha mulher fazer uma endoscopia, folheava as páginas de uma edição da revista Caras. Deparei-me, então, com esta declaração: “Redes sociais facilitam os encontros, mas podem até provocar separações”, titulo de um artigo escrito por Paulo Sternick, psicanalista no rio de Janeiro. Ele diz que, de acordo com o jorna inglês The Guardian, advogados e acadêmicos apontam o Facebook como o principal vilão atual dos divórcios.
Muita sedução, que começa numa sala de bate papo virtual, na maior parte das vezes, não fica apenas na sala, não por muito tempo. Vai para o quarto, que nesse caso não tem nada de virtual. Quando Jesus bateu aquele papo com aquela mulher que tinha ido buscar água no poço de Jacó, ela já havia roubado seis amores (Jo 4:18). Se fosse hoje, com a ajuda das redes sociais, ela teria perdido as contas de tantos amores roubados.
A maior ilusão de alguém, que se liga em alguém que rouba amor, é que vai achar muito amor nele. Mas quem rouba amor não ama, não ama a si mesmo nem o outro. Ele, na verdade, rouba amor porque nunca ganhou amor. Alguém que nunca ganhou amor dificilmente tem amor para dar. Assim sendo, quando estiver diante de um assalto de amor, apenas corra. E se o ladrão for o Cauã ? Se for o Cauã, corra mais ainda!
Corra, porque os riscos a longo prazo não compensam os prazeres a curto prazo de um amor roubado. E de todos os riscos, o maior é o de pecar contra Deus (Gn 39:9), que criou leis claras sobre o amor, e uma delas é que você não pode amar o amor de alguém nem se deixar amar pelo amor de alguém. Até para amar existe lei (Mt 22:39; 5:44; I Jo 2:15). Você, por conta disso, não pode deixar o seu amor inteiramente à vontade. A pior coisa existe é um amor sem lei.
Um amor sem lei ama tudo, não só o que pode amar, mas até mesmo o que não pode amar. O amor sem lei causa muitas dores, tanto para quem ama quanto para quem é amado, não só na ficção, mas, também, na vida real (I Rs 11:4). Portanto, se você, mesmo sendo de Cristo, está prestes a surfar na onda do amor roubado, pegue a sua prancha e dê o fora hoje mesmo! Não vale a pena pegar essa onda, porque essa onda é uma onda de morte, morte da alma!
Se você já roubou o amor de alguém faça o seu próprio Salmo 51, o salmo do ladrão de amor. Abra a sua boca sem medo de ser feliz, mas abra-a para quem de fato pode perdoar você. Fale com ele sem rodeios. Abra o verbo e diga tudo, tudo mesmo. Não omita nada, até porque com ele não tem essa de omitir, pois a tudo vê. Ele vai lhe dar o perdão e livrá-lo do pior dos sentimentos, o sentimento de culpa. E sabe o que é melhor? Você vai ter de volta a alegria da salvação!
- Pr. Genilson Soares da Silva