Referência: Malaquias 4.1-6
INTRODUÇÃO
1. Deus já tinha feito várias audiências com o seu povo e ouvido as desculpas do povo
a) Em que nos tens amado? (1:2)
b) Em que desprezamos o teu nome? (1:6)
c) Em que te havemos profanado? (1:7)
d) Por que não olhas nem aceitas com prazer nossas ofertas? (2:13-14)
e) Em que o enfadamos? (2:17)
f) Em que havemos de tornar? (3:7)
g) Em que te roubamos? (3:8)
h) Que temos falado contra ti? (3:13)
2. O povo já tinha colocado Deus no banco dos réus
a) Chamaram Deus injusto – “Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor” (3:17).
b) Chamaram Deus de imoral – “e desses é que ele gosta” (3:17).
c) Chamaram Deus de omisso – “Onde está o Deus do juízo?” (3:17).
3. Agora chegou o dia da última audiência
O dia do juízo será inesperado
O dia do juízo será inevitável
O dia do juízo será inescapável
I. O DIA DA RETRIBUIÇÃO DO ÍMPIO – v. 1
1. O veredito final revelará a destruição total dos ímpios – v. 1
Para os justos Deus é o fogo do ourives, purifica. Para os ímpios Deus é como o fogo da fornalha, destrói. Esse dia vai arder como fornalha. Os ímpios serão como restolho que vai arder no fogo. “Nosso Deus é um fogo consumidor” (Hb 12:29). Não lhes ficará raíz nem ramo. Não haverá mais esperança. Quando a raíz é destruída, a planta não pode brotar mais.
Ficar sem raiz nem ramo significa também que os ímpios serão completamente apagados, ou seja, a memória e a posteridade dos ímpios serão destruídos.
Essa sentença é final e inapelável. É um julgamento irrecorrível. Não tem mais instância superior a apelar.
2. O veredito final demonstrará a destruição universal dos ímpios – v. 1
“todos os soberbos e todos os que cometem perversidades serão como restolho”.
Os céticos pensavam que os soberbos e arrogantes eram felizes. Pensavam que eles tentavam a Deus e escapavam. Mas ninguém ficará impune no juízo de Deus. Ninguém poderá se esconder. Ninguém poderá subornar o juíz nem mudar a setença.
Naquele dia Deus vai julgar o segredo do coração dos homens. O pecado do coração e o pecado das ações serão igualmente julgados.
3. O veredito final perscrutará o mais profundo da vida dos ímpios – v. 1
Os soberbos serão condenados – A soberba é um sentimento que pode ficar escondido por trás de fachada e de máscara. É um sentimento íntimo, que só Deus conhece. Mas Deus vai julgar o segredo do coração dos homens.
Os que cometem perversidades serão condenados – Perversidade fala de uma vida desregrada, de desobediência afrontosa, de descalabro moral. Vivemos no reino do hedonismo, do prazer. Mas essa geração que só pensa no agora, vai ter que comparecer um dia diante do tribunal de Deus para dar contas da sua vida.
II. O DIA DA RECOMPENSA DO JUSTO – v. 2-3
1. O veredito final trará a luz da vida para os justos – v. 2
“Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas”.
A maior recompensa do justo é o próprio Deus. Ele é a maior herança do salvo. Deus será para os justos naquele glorioso dia o sol da justiça. O sol traz calor, traz luz, traz vida. Não vida sem o sol. Deus é o nosso sol e escudo (Sl 84:11). Deus é a nossa luz perpétua (Is 60:19).
Trevas e medo nunca mais estarão presentes.
O pecado não mais nos afligirá. Ele vem o como o sol da justiça. A justiça dele é a nossa justiça. Brilharemos com o sol no firmamento. Seremos como ele é.
a) Cristo é a fonte da luz – Ele é a luz do mundo. Ele ilumina todo homem. Quem o segue não anda em trevas.
b) Cristo é a fonte da vida – O sol traz cura em suas asas. Sem sol não há vida, sem Cristo não há salvação.
c) Cristo é a fonte da justiça – Sem Cristo, nossas obras são trapos de imundícia.
2. O veredito final trará a alegria da liberdade para os justos – v. 2
“saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria”.
O dia do juízo será para os justos um dia de alegria indizível, de liberdade plena, de recompensa eterna.
Será um dia de exultação, quando entraremos na glória, quando tomaremos posse da herança, quando entraremos na Casa do Pai, na Nova Jerusalém.
3. O veredito final revelará a vitória dos justos sobre seus inimigos – v. 3
Os justos não apenas receberão a libertação do aprisionamento, mas também completo triunfo sobre os inimigos. Os mesmos ímpios que oprimiram os justos e lhes fizeram amargar a vida, agora são como cinzas debaixo dos seus pés.
A igreja não apenas estará no céu, ela vai assentar-se em tronos para julgar o mundo (1 Co 6:2).
Deus vai retribuir com justiça aqueles que oprimiram o seu povo.
III. O DIA DA ADVERTÊNCIA DE TODOS, A DERRADEIRA CHANCE DE CONCILIAÇÃO – v. 4-6
1. Antes do veredito final Deus adverte a todos através da sua Palavra – v. 4
a) Devemos nos lembrar do propósito da lei – Nos conduzir a Cristo, o salvador.
b) Devemos nos lembrar da autoridade da lei – A qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel.
c) Devemos nos lembrar da recompensa da lei – Estatutos e juízos, bênçãos e maldição.
Antes das taças da ira, Deus faz soar as trombetas da advertência. Antes do juízo ser completo e final, Deus chama a todos ao arrependimento.
A única maneira de nos prepararmos para esse grande dia é lembrarmo-nos da Palavra, voltarmo-nos para a Palavra, vivermos de acordo com a Palavra.
Vivemos numa geração analfabeta da Bíblia. Vivemos num tempo em que a Palavra é desprezada, substituída, desobedecida.
Não podemos nos esquecer da Palavra escrita de Deus!
2. Antes do veredito final Deus adverte a todos através de seus instrumentos – v. 5
a) Um ministro divinamente comissionado – “Eis que enviarei o profeta Elias”.
b) Um ministério abençoado em seus resultados – “ele converterá o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais”.
Deus enviou Elias, que confrontou a nação de Israel num tempo de apostasia e chamou-a ao arrependimento. Antes do dia do juízo vem o dia da graça.
Deus enviou João Batista para preparar o caminho do Senhor e ele conclamou o povo a arrepender-se.
João Batista é o Elias que veio, mas não Elias em pessoa. Ele veio no poder de Elias (Mt 11:14 > Mt 17:10-13 > Jo 1:21 > Lc 1:16-17).
Em cada período da história Deus envia seus mensageiros para chamar o povo ao arrependimento antes que venha o juízo. Na Reforma do século XVI, Elias veio nas palavras candentes de Lutero, Calvino e John Knox. No século XVIII, Elias veio no férvido espírito de Wesley, Whitefield e Jonathan Edwards. Hoje, Elias vêm no ministério de todos aqueles que se levantam no poder do Espírito, em nome de Deus, para chamar o povo ao arrependimento.
Há uma conexão entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. O tempo chegou em Cristo e avança para o grande e terrível dia de Deus.
3. Antes do veredito final é imperativo uma profunda transformação nas relações familiares – v. 6
O bendito evangelho começa no lar. Se o evangelho não funcionar no lar não funcionará em lugar algum. A mais bela expressão do evangelho é o lar feliz, onde os pais entendem os filhos e têm tempo para eles, onde os filhos, cercados de amor, crescem no conhecimento de Cristo.
A transformação do povo de Deus precisa começar na família. Não há igrejas fortes sem lares fortes. A volta para Deus implica em restauração de relacionamentos familiares.
a) Pais convertidos aos filhos
Pais convertidos aos filhos dão mais valor aos filhos do que a coisas. Importam-se mais com relacionamentos do que com coisas materiais.
Pais convertidos aos filhos ensinam os filhos no caminho em que devem andar.
Pais convertidos aos filhos criam os filhos na disciplina e admoestação do Senhor.3. Antes do veredito final é imperativo uma profunda transformação nas relações familiares – v. 6
Pais convertidos aos filhos não provocam os filhos à ira.
Pais convertidos aos filhos amam os filhos incondicionalmente.
Pais convertidos aos filhos temperam disciplina com encorajamento.
Pais convertidos aos filhos têm canal de comunicação aberto com os filhos.
Pais convertidos aos filhos perdoam os filhos.
b) Filhos convertidos aos pais
Filhos convertidos aos pais, obedecem-nos no temor do Senhor.
Filhos convertidos aos pais, respeitam os pais.
Filhos convertidos aos pais, cuidam dos pais.
Filhos convertidos aos pais, são gratos aos pais.
Filhos convertidos aos pais, procuram ser a alegria dos pais.
CONCLUSÃO
1. O dia do juízo será dia de trevas e de luz, de condenação e exultação
Só há dois grupos na humanidade, os que estão preparados para encontrar o Senhor e aqueles que não estão; os salvos e os perdidos.
2. O dia do juízo será o dia da vindicação da justiça de Deus
Deus havia sido acusado de ser omisso, de ser conivente com o mal. Os ímpios zombavam de Deus, perguntando onde estava o Deus do juízo. Os ímpios aparentemente tinham uma vida boa e eram prósperos. Mas, quando esse terrível dia chegar, a justiça será feita. A balança de Deus não é enganosa. O prumo de Deus nunca falha. O juízo de Deus será implacável para os zombadores. Os justos triunfarão. A verdade triunfará.
3. O dia do juízo aponta apenas para dois caminhos: conversão ou maldição
Ou a família é restaurada, através da conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais, ou então, a terra será ferida pela maldição. Essa maldição já está em curso. O pecado traz opróbrio. Essa maldição será final, completa, irrevogável no dia do juízo.
Que caminho você vai escolher: o caminho da bênção ou da maldição?
A vida ou a morte?
A bem-aventurança eterna ou o juízo eterno?
O Antigo Testamento termina dizendo que Jesus vem. O Novo Testamento começa com a vinda de Jesus. O Antigo Testamento termina com a maldição para os desobedientes. O Novo Testamento com a graça para os remidos.