Jorge de Capadócia, o Santo Guerreiro

Jorge de Capadócia, o Santo Guerreiro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:09

A história (ou estória) de Jorge (celebrado no dia 23 de abril) é envolta em mistério. Não há registro que possa conferir o mínimo de historicidade à sua vida ou morte. O pouco que se tem, o relato sobre sua Paixão, segundo consta, foi considerado apócrifo já no século VI pelo decreto Gelasiano. Sabe-se, entretanto, que era da Capadócia, região da atual Turquia.

J orge foi um soldado romano e mártir cristão (A salada sincrética da umbanda o identifica como ogun, no Rio de Janeiro  e oxóssi, na Bahia). Ainda que não se tenha prova histórica de sua existência, é de admirar que até hoje encontrem-se, em tantas partes do mundo, pessoas que, movidas por uma fé equivocada, dirijam-lhe preces e afirmem ter nele um protetor fiel.

P or que razão o túmulo de Jorge passou a ser alvo de peregrinações por volta do sec IV? O que tanto incomodou Saladino, o comandante otomano, que o levou a destruir o tal sepúlcro e a igreja que fora construída em sua honra? Que há com esse Jorge? O que ele fez que deixou essa marca tão impressionante?

A lenda conta que Jorge teria libertado uma cidade  que vivia sob o terror de certo dragão que habitava as profundezas de um lago e que de quando em vez vinha à superfície trazendo morte aos seus habitantes apenas com seu hálito… Os moradores daquele lugar, para aplacar a sanha da fera  resolveram oferecer-lhe, ocasionalmente, uma virgem em sacrifício.  As moças que eram escolhidas por sorte não tinham como escapar.

F oi numa dessas ocasiões que Jorge teria aparecido. Estava sendo oferecida ao monstro uma princesa. Jorge desembainhou sua espada e enfrentou o bicho, que logo foi domado e tornou-se manso como um cordeiro.  A moça, salva, e agora protegida por Jorge, entra na cidade puxando o horrível dragão por uma coleira. Jorge anuncia aos apavorados moradores do lugar que não precisavam mais temer a besta.

O que eu gosto em Jorge? Ele declarou em alta voz que havia vindo em nome de Cristo, para por fim àquela situação, e acrescentou que  tudo que a população da cidade tinha que fazer era se converter a Cristo e ser batizada! Esse Jorge era sem dúvida um crente daqueles! É uma pena ver o que os idólatras fizeram com essa figura incrível que foi o irmão Jorge!

S ua morte fechou com chave de ouro o testemunho de fé que Jorge deu durante sua vida abreviada. Por recusar-se a cultuar os deuses do império Jorge foi submetido a suplícios atrozes; Não recuou em sua fé, antes, sustentou sua fidelidade a Cristo até o fim, quando lhe decapitaram. Sua firmeza  inspirou milhares de outros cristãos à darem testemunho de sua fé mesmo em face ao holocausto.

lamentável que as pessoas, ao invés de se inspirarem em Jorge para desenvolverem uma fé cristã genuína, permaneçam na prática absurda da idolatria, cultuando a Jorge quando deviam cultuar o Deus a quem Jorge certamente serviu e amou. Provavelmente, se pudesse, Jorge desabonaria completamente qualquer culto a si mesmo e bradaria em alta voz pela cidade, como fez na estória referida: Convertam-se a Cristo e sejam batizados!!!

Luiz C. Leite é pastor, psicanalista, administrador de empresas, conferencista e escritor. Autor de "O poder do foco", editora Memorial; e "A inteligência do Evangelho", editora Naós; além de vários títulos por publicar.

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Confira o blog do escritor: http://luizvcc.wordpress.com/

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