Gosto da teoria do Design Inteligente. Não posso dizer que sou um defensor capaz – faltam-me os prazos para a obtenção dos conhecimentos necessários – mas acredito plenamente na ideia central por trás da teoria do Design, de que, não uma força, mas uma mente soberana, pessoal, inteligente, cria e coordena a exuberância estonteante que se observa por todos os lados. Sim, sou criacionista convicto. Os defensores do Design Inteligente, negando que o universo e seus atores sejam produto do acaso evolucionário, sustentam que toda a natureza, incluindo a criatura humana, é óbvio, foi “desenhada” de modo deliberado, propositado. Nada que é produto de planejamento inteligente pode ter sido concebido senão para funcionar, e ainda, para dar certo. Só podemos ter sido desenhados e criados a partir desta perspectiva! Toda e qualquer hipótese que fuja desse desfecho é, por definição, incoerente.
Tem grande ênfase no discurso dos defensores do Design a complexidade da estrutura física da criação. Os detalhes intrincados que se encontram abundantemente em todos os seres, desde micro-organismos às estruturas mais complexas, revelam uma engenharia tão sofisticada que não faria sentido sem que houvesse alguém por trás de sua concepção! Deixando por um pouco a diversidade indescritível dos detalhes de seres e sistemas, o assombro aumenta quando nos voltamos para o topo da escada onde se encontra o homem, a mais fantástica de todas as criaturas. Para além do assombro da constituição física, vamos encontrar a não menos admirável constituição psicológica deste ser incrível. O aspecto psicológico/espiritual da criatura magnífica a distancia sobremaneira de tudo o que se conhece. É o diferencial da mente inteligente, esse “detalhe” que separa, como abismo intransponível, o homem das demais criaturas.
Nesse oceano da mente inteligente, entretanto, as certezas são poucas, os questionamentos superabundam e as repostas são raramente conclusivas. O homem vê-se inseguro e limitado nessas águas. Sua ciência dá passos de bebê... Ainda assim é nessa incrível oficina que desenvolve sua criatividade e inventa coisas incríveis. Inquieto, está sempre em movimento, inventando respostas para os problemas que afligem sua alma e seu mundo. Trabalhando para melhorar suas condições, às vezes, entretanto, bota fogo na própria casa e vê alguns de seus experimentos explodirem, Literalmente. Sustenta, todavia, que a intenção era das melhores. Ainda que sua estruturação psíquica, moldada de maneira desastrada pela cultura, mostre-se defeituosa, impondo limitações de todas as ordens em várias áreas, pode-se, mesmo sob os escombros da decadência, verificar beleza e grandeza incomparáveis nesta criatura que tanto assusta quanto fascina.
Não, a criatura magnífica não é apenas poeira das estrelas. Os misóginos a desprezam e querem-na extinta. Eu a amo, e a quero redimida. Assim quis o Filho de Deus ao oferecer-se como sacrifício na cruz do calvário, aquele paradoxo de difícil assimilação para tantos. Segundo o próprio Filho: “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16)
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.