Certas situações em nossa vida exigem mudanças, que se tornam inevitáveis. Embora os estudiosos do comportamento digam que, “em um primeiro momento, o ser humano é resistente a mudanças”, existem tempos em que elas são desejáveis e até mesmo imprescindíveis.
Uma boa ilustração deste fato é a experiência de transformação que existe, quando Cristo passa a ser o Senhor de nossas vidas: o Espírito Santo aponta áreas em que precisamos mudar, pois desagradam ao coração de Deus. Através de uma “operação conjunta” (o Espírito e nós), inicia-se um processo de mudanças, que chamamos de “santificação”.
Quando pensamos na vida conjugal, os anos de convivência vão mostrando que as mudanças também são necessárias, tanto em nível pessoal, quanto do casal. Algumas pessoas têm grande dificuldade em “flexibilizar” pontos de vista, ideias e comportamentos. A alegação para essa rigidez é que “eu fui sempre assim, vou ser sempre assim – quem quiser, que me queira assim!”. É o chamado “complexo de Gabriela” (lembrando a letra da música-tema, da novela com este nome). Esta atitude pode parecer certa, mas em geral acaba em discussões intermináveis, que não contribuem para a paz no relacionamento.
Existem áreas de nossas vidas que não devemos mudar, por fazerem parte do nosso caráter, dos nossos valores mais profundos, principalmente quando estes têm sua base na Palavra de Deus. Mas muitas outras áreas são negociáveis e as mudanças podem ajudar-nos a viver melhor, tanto conosco mesmos, quanto com as pessoas que convivemos.
Quando existe esta “rigidez” excessiva, isto geralmente acontece, porque a pessoa não consegue olhar a questão sob o ponto de vista da outra pessoa. Além de ser uma atitude injusta, também é egoísta. Paulo em Fp 2:3-5 nos exorta a que não sejamos egoístas, “mas humildemente consideremos os outros superiores a nós mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”.
Colocar-se no lugar do outro, avaliar a vida sob o prisma da pessoa que tem o pensamento diferente do nosso, ajuda-nos a “entender” melhor o que o outro fala, bem como avaliar a possibilidade de “flexibilizar”.
Precisamos mudar, quando a mudança é para melhor! Para muitas pessoas, a mudança pode começar pela capacidade de admitir seus próprios erros. O Pr. Jaime Kemp sempre menciona em seus seminários: “As três frases que podem salvar seu casamento são: ‘Eu estava errado(a)’; ‘Você me perdoa?’ e ‘Eu amo você’”. Por que alguns acham estas frases tão difíceis de serem ditas?
Ore ao Senhor, converse com seu cônjuge e comece a fazer as suas mudanças. Mudanças possíveis. Mudanças que sejam necessárias para uma qualidade de vida melhor. Mudanças que lhe permitam olhar para o outro, como alguém muito importante para você. Mudanças que tragam a bondade, a delicadeza, a cordialidade, a solidariedade, o sorriso, o bom humor, a condescendência, a serem realidades nos seus relacionamentos interpessoais. Isto será saúde para você e salvará o seu casamento!
Fp 2:3-5 – “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”.
Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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