
Eli construiu uma família disfuncional, o que repercutiu negativamente no ministério sacerdotal. Pegavam para si o que pertencia ao Senhor e abusavam sexualmente das mulheres que compareciam ao Templo para adorar. Com isto davam a sua função um uso diferente daquele para o qual fora concebida. Estavam ali para conduzi-las pelo caminho da espiritualidade, mas alargaram este caminho e o enfeitaram com distrações, cobiças e atrativos impróprios para menores e maiores. Assim desviavam o povo da direção correta: a santidade.
A melhor atitude a ser tomada por Eli seria destituir seus filhos do ofício sacerdotal, ao invés de urinar de sua posição para implementar o nepotismo naquele ambiente Sagrado. Devemos ser amorosos com nossos filhos, mas sem sermos coniventes com o seu pecado.
Sou pai, mas também sou pastor, mais do que ter uma posição, tenho um ministério e não um emprego, nem proprietário ou gestor de um empreendimento religioso. Um dos princípios do ministério aramaico era a hereditariedade, mas havia outros princípios que se sobrepunham a este.
O meu compromisso maior não é com a instituição eclesiástica à qual sirvo, mas com Deus. O contrato maior foi celebrado entre eu e Deus é não com uma instituição. O contrato feito com o Senhor é eterno e a sua quebra poderá acarretar prejuízos eternos, enquanto aquele que assinei com a instituição, seja ela qual for, pode ser quebrado e trazer consequências apenas temporais.
- Ubirajara Crespo