Alimentação e qualidade do leite materno

Alimentação e qualidade do leite materno

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Criada em 1992, pela WABA (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno), ligada a Organização Mundial de Saúde, a Semana Mundial da Amamentação ocorre na primeira semana do mês agosto, em mais de 120 países. O objetivo da OMS é divulgar a importância do aleitamento materno para crianças e reforçar a mensagem de que o leite materno deve ser o único alimento da criança, pelo menos, até ela completar seis meses de vida. Após esse período, a criança passa a necessitar de outros alimentos.

A nutrição adequada nos primeiros anos de vida é fundamental para que a criança desenvolva plenamente seu potencial humano, proporcionando a prevenção de doenças (estimulo ao sistema imunológico), e possibilitando crescimento físico e mental, adequados.

O Aleitamento Materno apresenta fatores importantes:

Qualidade: é nutricionalmente superior a qualquer alternativa; Afeto: estabelece um forte vínculo entre mãe e filho, muito superior ao vínculo durante o fornecimento de mamadeiras; Economia: com aleitamento exclusivo não há necessidade de gastar dinheiro comprando outros alimentos; Segurança: como o leite materno não é manipulado há menos riscos de contaminação alimentar para o bebê; Proteção: o leite materno protege contra doenças infecciosas e diminui o risco de alergias; Digestão: são mais facilmente digeridos do que os leites preparados; Desenvolvimento: promove o desenvolvimento mandibular e dos dentes e reduz os riscos de superalimentação; Proteção para as mães: amamentar diminui os riscos de câncer de mama em mulheres que amamentam por mais tempo; ainda, a mãe que amamenta emagrece (retorna ao peso anterior) mais rápido. Dicas para uma amamentação nutritiva e tranqüila:

Não se preocupe: Não existe leite fraco. O fato de a criança sentir fome poucas horas após mamar ocorre porque o leite materno é de fácil digestão, já que é um alimento feito "sob medida" e não "pesa" no estômago como os outros leites;

  Não faça dietas restritivas durante a amamentação, exceto sob orientação de profissional qualificado. Muitas mulheres querem começar a perder aqueles quilos extras logo após o parto. Não existem alimentos proibidos na amamentação. É importante ter uma alimentação mais variada possível, utilizando os três grupos de alimentos: Reguladores (ex: saladas, verduras e frutas), Construtores (ex: carnes, leite, ovos e derivados), e Energéticos (arroz, batatas, pães, farináceos, açucares, gorduras, etc.), para garantir a qualidade do leite.

  Alimente-se em intervalos de 3h30, no máximo.

  Beba bastante líquido: como amamentar faz com que a mãe sinta mais sede, ela provavelmente verá que precisa beber mais líquidos do que antes (sempre em menor volume e várias vezes ao dia. O ideal é que seja em torno de 150 ml, por vez).

  Evite o excesso de cafeína (café, chocolate, chá preto ou mate ou refrigerantes a base de cola). Esses alimentos podem tornar o bebê inquieto e agitado, além de provocar cólicas na criança;

  A mãe não deve consumir álcool, fumo e outras drogas, nem tomar medicamentos sem indicação médica. Se o fizer, será uma boa oportunidade para interromper de vez esses hábitos nocivos à criança e à própria saúde;

  A família deve comprar e consumir alimentos que são próprios da região e de cada época do ano. Eles são mais baratos, frescos e nutritivos. Com hábitos e atitudes simples é possível oferecer uma amamentação saudável e nutritiva ao bebê que vem por aí o que já faz a alegria da mamãe e do papai.

*Dr. Luiz Evaristo Sinicio - CRN: 3-2978 Nutricionista há 21 anos, com especialização em nutrição clínica, pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

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