O presidente Trump está ameaçando desligar o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa TikTok, por causa de alegações de que é uma fonte de preocupações sobre a segurança nacional.
Ele estabeleceu o prazo de 15 de setembro para a plataforma ser comprada por uma empresa americana ou proibirá o acesso nos EUA.
Agora, o Centro Nacional de Exploração Sexual pede que qualquer ação que permita ao TikTok continuar operando nos EUA deve exigir ressalvas adicionais para proteger as crianças de abusadores on-line.
Lina Nealon, diretora de Iniciativas Corporativas e Estratégicas do Centro Nacional de Combate à Exploração Sexual dos EUA, apareceu na edição da tarde de quinta-feira do Newswatch da CBN para falar sobre o porquê do aplicativo TikTok ter sido adicionado à “Dirty Dozen List”, um relatório que aponta as maiores plataformas online que permitem ou financiam a exploração sexual.
“Uma das coisas que fazemos é apontar plataformas online que facilitam ou financiam a exploração sexual e o TikTok certamente está fazendo isso. Ele entrou para a ‘Dirty Dozen List’ em 2020. Especialistas estão alertando que o Tik Tok é como um playground para abusadores de crianças e adolescentes”, alertou Lina Nealon. “Não há controle suficiente para evitar que [esses abusadores] curtam, comentem e façam contato com mensagens diretas aos donos dessas contas”.
“Então, temos esta campanha contra o TikTok, porque é preciso que tomem medidas para garantir mais segurança de seus usuários. Cremos que eles tenham tomado algumas, mas ainda não é o suficiente”, acrescentou. “A administração do aplicativo deve priorizar o abuso sexual de crianças online. O FBI está alertando sobre isso, porque cada vez mais crianças estão online, gastando mais tempo online”.
Lina destacou que a organização por ela liderada tem buscado conseguir o apoio do Congresso e das empresas de tecnologia no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.
“Nós temos apresentado ao Congresso essa situação e tentado sensibilizar corporações de tecnologia para realmente levar o abuso de crianças online a sério”, afirmou.
Quando questionada sobre a existência de leis para regrar a atuação de aplicativos estrangeiros por cidadãos dos EUA, Lina destacou que “há algumas, mas não o suficiente”.
“Nós encorajamos os cidadãos sobre o fato que estamos trabalhando sobre o Tik Tok. Nós vemos o que o Tik Tok tem sido na China e que muitos pais e crianças estão usando o aplicativo. Nós os encorajamos a preservar a segurança de suas famílias, não permitindo um grande acesso de outras pessoas ao que suas crianças estão fazendo Então, há regulamentos, mas ainda há muito trabalho a ser feito”, destacou.