Ex-refém israelense relata milagre de sobrevivência no cativeiro: “Deus me salvou”

O ex-refém israelense Omer Shem Tov compartilha sua história de sobrevivência e fé após 505 dias em cativeiro do Hamas.

Fonte: Guiame, com informações do WFLAAtualizado: quinta-feira, 30 de outubro de 2025 às 12:41
O ex-refém israelense Omer Shem Tov compartilha sua história pelo mundo. (Captura de tela/YouTube/JNF)
O ex-refém israelense Omer Shem Tov compartilha sua história pelo mundo. (Captura de tela/YouTube/JNF)

Durante 505 dias, Omer Shem Tov viveu em completa escuridão. Aos 19 anos, o israelense foi sequestrado pelo Hamas durante o Festival de Música Nova, em 7 de outubro de 2023.

Mantido em cativeiro nos túneis subterrâneos de Gaza, dormia sobre o concreto frio e encontrava na fé a única força para continuar vivo.

“Nas duas primeiras semanas em cativeiro, eu estava em profunda negação e culpando Deus por tudo”, contou Omer em um evento em Sarasota, na Flórida.

“Por que eu? Por que eu? Por que eu? Eu não sou um ladrão. Eu não sou um assassino. Eu só estava me divertindo em uma festa.”

Com o passar dos dias e meses, Omer contou que a raiva foi dando lugar a algo inesperado: uma sensação de paz.

“Eu estava em completa escuridão”, disse ele. “Pensei que estava enlouquecendo. E depois de algum tempo, encontrei a paz. Acredito que Deus me salvou – e é isso.”

Intervenção divina

Durante uma das transferências entre túneis, Omer recorda ter ouvido explosões sobre sua cabeça – a guerra acontecendo literalmente acima de onde estava.

Mantido em condições extremas, ele afirmou acreditar que sua libertação foi resultado de uma intervenção divina.

Quando os sequestradores do Hamas voltaram, traziam uma pilha de livros em hebraico que haviam encontrado.

Entre eles, Omer descobriu um pequeno cartão de oração com palavras sobre confiar que Deus o salvaria e o protegeria – a mesma passagem que sua mãe costumava ler para ele antes de dormir.

“Essa mesma música – minha mãe costumava ler em meu quarto”, disse Omer.

Ao perceberem que ele sabia ler hebraico, os captores pediram que fizesse traduções para eles. Omer então propôs um acordo: cozinhar e limpar em troca de poder ficar com o pequeno livro e o cartão de oração. Eles aceitaram.

Cartão de oração

Ele se agarrou àquele cartão até o fim do cativeiro – seu único fragmento de fé em meio à escuridão.

Desde sua libertação, em fevereiro, Omer tem viajado pelo mundo para compartilhar sua história, falando sobre a paz que encontrou nas trevas e a luz que agora busca espalhar.

“Depois de viver a verdadeira escuridão, você passa a conhecer a verdadeira vida”, disse ele. “Procuro compartilhar essa luz com as pessoas… e vejo como elas reagem.”

Quando alguém lhe conta que sua história trouxe transformação, Omer afirma que isso se torna sua maior motivação para seguir em frente.

“Alguns me dizem que eu os salvei – que, por minha causa, decidiram mudar atitudes ou caminhos”, contou ele. “É algo extraordinário de testemunhar. Isso me enche de energia e de força.”

Das profundezas de um túnel aos palcos ao redor do mundo, Omer continua carregando o mesmo cartão de oração – e a convicção de que a fé, mesmo em meio à escuridão, pode ser suficiente para salvar uma vida.

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