O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que uma decisão sobre “guerra total” contra o grupo terrorista Hezbollah no Líbano está próxima.
"Estamos muito próximos do momento em que decidiremos mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será duramente atingido", afirmou em comunicado divulgado na rede X, na terça-feira (18).
A declaração foi dada após o Hezbollah divulgar imagens mostrando localizações militares e civis que, supostamente, foram feitas por um drone em Haifa, uma cidade portuária no norte de Israel.
O ministro israelense afirmou que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, "se vangloria hoje [terça-feira] de ter fotografado os portos de Haifa, operados por grandes empresas internacionais chinesas e indianas, e de ameaçar danificá-los".
Ameaça à Israel
Em resposta à declaração de Katz, o chefe do Hezbollah ameaçou Israel, em um discurso televisionado na quarta-feira (19).
Sayyed Hassan Nasrallah afirmou que “não haverá lugar seguro de nossos mísseis e drones” em Israel se uma guerra total iniciar.
Hassan também ameaçou o Chipre, afirmando que o país permitiu que Israel usasse seus aeroportos e bases para exercícios militares.
“O governo do Chipre deve ser avisado de que abrir aeroportos e bases cipriotas para o inimigo israelense mirar no Líbano significa que ele se tornou parte da guerra, e a resistência [Hezbollah] lidará com isso como parte da guerra”, alertou.
E acrescentou: “Israel sabe que o que também o espera no Mediterrâneo é muito grande”.
Ataques intensificados
Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro em Israel, o Hezbollah tem atacado comunidades israelenses e postos militares ao longo da fronteira quase todos os dias. O grupo alega que está fazendo isso em apoio aos palestinos, em meio à guerra no país.
O grupo terrorista intensificou os ataques no norte de Israel na semana passada, após a morte de um de seus comandantes, Taleb Abdullah, em um ataque aéreo israelense.