Durante um discurso recente, o porta-voz das Brigadas Al-Quds, da Jihad Islâmica Palestina (PIJ, da sigla em inglês), Abu Hamza, disse que deseja que os países árabes da região e os grupos pró-iranianos continuem a “unificar várias arenas e frentes contra Israel”.
As Brigadas Al-Quds, formam um braço armado da Jihad Islâmica Palestina, sendo o segundo maior grupo terrorista na Faixa de Gaza, depois do Hamas.
O desejo do porta-voz, é que o Ramadã seja um “mês de terror” para os judeus, considerados como seus maiores inimigos.
De acordo com o The Jerusalem Post, esta é a mais recente indicação de que grupos terroristas planejam uma escalada das hostilidades durante o mês de março. Lembrando que o Ramadã — mês de jejum para os muçulmanos — começa no próximo dia 10.
‘Massacres semelhantes ao de 7 de outubro’
As observações de Abu Hamza foram publicadas pelo canal de notícias Al Mayadeen, com sede em Beirute, que é pró-iraniano e frequentemente destaca os ataques do Hamas e do Hezbollah, ainda conforme o veículo.
Isso acontece “em meio a alguma esperança de um acordo de reféns, prisioneiros e cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Os EUA estão pressionando para que haja um acordo, mas o Hamas continua dificultando a situação, recusando-se a entregar uma lista de nomes dos reféns vivos”, mencionou.
Quanto às arenas que devem guerrear contra Israel, estão grupos apoiados pelo Irã no Líbano, Síria, Iraque e Iêmen: “O Irã tem procurado cercar Israel com ameaças, desde o Líbano até o Mar Vermelho e depois de volta a Gaza”.
Existem pelo menos sete frentes diferentes, segundo o Irã. As autoridades israelitas também mencionaram estas frentes. O Irã quer a unificação de todas elas para realizar ataques semelhantes ao massacre de 7 de outubro.
‘Terroristas querem usar o Ramadã para atacar Israel’
“Não é hora de tirar a roupa da escravidão e da humilhação da América, o Grande Satã, e seguir o exemplo dos honrados?”, questionou o porta-voz das Brigadas Al-Quds provocando a ira dos árabes contra os judeus.
O primeiro dia do Ramadã, segundo ele, deveria tornar-se um “dia internacional para apoiar Gaza e mobilizar todas as arenas”.
Enquanto o Ocidente quer um cessar-fogo durante o Ramadã, o mês pode ser usado pelos terroristas e extremistas como desculpa para aumentar os ataques.
“Estamos certos de que o corpo único da nação fará o impossível e tornará o mês do Ramadã histórico. Serão dias para lavar a vergonha e ameaçar a existência da entidade inimiga israelense e a arrogância global”, concluiu o terrorista.