Em apenas três semanas, Israel sofre o sexto atentado terrorista, que resultou em pessoas mortas e feridas. O mais recente aconteceu nesta quinta-feira (07), em um bar em Tel Aviv, onde um palestino atacou e matou duas pessoas e feriu outras 12, segundo a polícia.
O homem, de Jenin, na Cisjordânia ocupada, acabou sendo morto por agentes antiterroristas, após uma caçada que durou a noite toda.
Identificado como Raad Hazem, 28 anos, o atirador foi encontrado mais tarde escondido perto da mesquita de Jaffa fechada, cerca de seis quilômetros de distância do local do ataque, uma das ruas mais movimentadas de Tel Aviv.
Imagens do atirador Raad Hazem. (Foto: Divulgação Polícia de Israel)
A agência de segurança Shin Bet disse que ele não tinha “nenhuma afiliação organizacional clara, nenhum histórico de segurança e nenhuma prisão anterior” e estava residindo em Israel sem permissão de entrada.
O Shin Bet investiga se o atirador foi apoiado por moradores locais. As autoridades acreditam que Hazem conhecia bem a área, já que ele escapou para uma mesquita em Jaffa, predominantemente árabe, onde acredita-se que ele tenha tentado se esconder durante as orações matinais da primeira sexta-feira do mês sagrado muçulmano do Ramadã.
Ele marca o período mais mortífero de ataques em Israel desde 2006, com temores de mais incidentes com a proximidade as festas da Páscoa judaica e cristã.
Elogios e comemorações
Pai do atirador, Fathi Hazem é ex-oficial das forças de segurança da Autoridade Palestina. Ele elogiou as ações de seu filho para uma multidão reunida em frente à casa da família na manhã de sexta-feira (08).
“Seus olhos verão a vitória em breve. Você verá a mudança. Você alcançará sua liberdade… Deus, liberte a Mesquita de Al-Aqsa da profanação dos ocupantes”, disse Fathi, de acordo com as imagens.
Segundo o Times of Israel, a multidão de palestinos gritava que “o exército de Maomé” estava chegando para derrotar Israel.
“Muitos morreram no caminho de Deus antes mesmo de você nascer. Anos atrás, eles deram tudo por Deus e pela Palestina… agora, passamos a bandeira para aqueles que estão depois de nós”, disse Fathi. “A espada de Maomé está em suas mãos.”
Segundo André Lajst, presidente-executivo do braço brasileiro da Stand With Us, organização que apoia Israel e combate o antissemitismo no mundo, doces foram distribuídos nas ruas de Gaza e de cidades palestinas na Cisjordânia em comemoração ao ataque.
‘Guerra contra o terror’
Como os anteriores, este ataque foi feito na rua, mostrando que os terroristas não se preocupam com sua exposição. O objetivo é fazer o maior número de vítimas que consigam.
"Nossa guerra contra o terror assassino é longa e difícil. Vamos vencer", declarou o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett. Ele disse que as forças de segurança estão em "alerta máximo".
Bennett deve realizar uma avaliação da situação com autoridades de segurança no final do dia, disse seu escritório.
Eytam Magini (esquerda) e Tomer Morad (direita) que foram mortos em um ataque terrorista em Tel Aviv em 7 de abril de 2022. (Mídia social)
O Shin Bet disse que Hazem entrou em Israel ilegalmente e não tinha ligações conhecidas com organizações militantes, informou o Times of Israel.
No entanto, o grupo militante palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e a Jihad Islâmica Palestina, elogiaram o ataque de quinta-feira à noite.
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