Imagens de um incêndio no Monte do Templo marcaram um dia de confrontos entre israelenses e palestinos na segunda-feira (10) em Jerusalém. As chamas, que atingiram uma árvore na mesquita de Al-Aqsa, foram causadas acidentalmente por palestinos que atacavam a polícia com fogos de artifício.
De acordo com um rabino proeminente em Israel, Lazer Brody, os últimos acontecimentos em Jerusalém apontam para a chegada “iminente” do Messias.
“Parece que [a chegada do] Messias é iminente. Três horas atrás, sete foguetes do Hamas disparados de Gaza caíram nas proximidades de Jerusalém. Mais de 40 foguetes foram disparados no sul. Aqui em Asdode e em todos os locais ao sul, as escolas e todas as reuniões públicas estão restritas até novo aviso”, disse ele no blog Lazer Beams.
“O mundo, incluindo os EUA, está alinhado contra nós, com a Turquia e o Irã prometendo seu apoio ao Hamas. Os agitadores árabes no Monte do Templo acabaram de iniciar um incêndio e isso é o suficiente para fazer o mundo muçulmano gritar pela jihad. Os aviões a jato estão voando sem escalas e ninguém aqui sabe o que acontecerá nas próximas horas”, acrescentou Brody.
Por fim, o rabino conclui: “Uma coisa é certa, como eu disse ontem: as dores do parto do Messias começaram. Que Hashem nos ajude a enfrentá-los”.
Os judeus aguardam a chegada de um Messias que eles acreditam ainda não ter sido revelado. Já os cristãos reconhecem Jesus como Messias, cumprindo as profecias do Antigo Testamento, e aguardam a sua segunda vinda.
Confrontos no Monte do Templo
As celebrações do Dia de Jerusalém, encerradas na noite de segunda-feira (10), foram marcadas por confrontos na Cidade Velha de Jerusalém e no Monte do Templo, quando foguetes foram disparados contra a capital de Israel.
Para acalmar as tensões, a polícia israelense decidiu mudar a rota da marcha da bandeira do Dia de Jerusalém, impedindo manifestantes de entrarem na Cidade Velha pelo Portão de Damasco. Ainda assim, logo após o anúncio, houve confrontos entre a polícia e centenas de jovens palestinos no Portão de Damasco.
“Uma luta está ocorrendo agora no coração de Jerusalém”, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante uma cerimônia em homenagem à memória dos judeus etíopes que morreram a caminho de Israel.
Imagens que viralizaram nas redes sociais mostram judeus dançando e cantando em frente ao Muro das Lamentações, em celebração ao Dia de Jerusalém na noite de segunda, enquanto uma árvore estava em chamas no Monte do Templo.
O analista e ex-general Amos Yadlin, em entrevista ao Canal 12, advertiu que a imagem pode ser facilmente tirada de contexto e usada para fomentar mais agitação contra Israel.
Nas redes sociais, os defensores explicaram que os judeus, de camisas brancas, estavam celebrando a reunificação de Jerusalém em 1967 — não o incêndio. Os críticos afirmam que o incêndio aponta o início do controle de judeus sobre o complexo de al-Aqsa, considerado o terceiro local mais sagrado do Islã.
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