Às vésperas do início do Ramadã, mês sagrado de jejum para os muçulmanos, autoridades palestinas estão alertando para o aumento da violência durante a comemoração, caso Israel não interrompa suas ações na Palestina.
“As ações de Israel, incluindo incursões em cidades palestinas, vilarejos e campos de refugiados, estão ameaçando inviabilizar os esforços para aliviar as tensões na véspera do Ramadã, que começa na noite de sábado”, disse Shami, oficial da facção Fatah, ao The Jerusalem Post.
O Hamas e outras facções palestinas afirmaram que os ataques israelenses durante o Ramadã ocasionaram uma “explosão”.
Como parte dos esforços para impedir uma onda de violência durante o Ramadã, o rei Abdullah da Jordânia se reuniu com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, no início deste semana, para discutir sobre as recentes tensões em Jerusalém e na Cisjordânia.
De acordo com Shami, a Autoridade Palestina pode contribuir para a diminuição da violência se Israel interromper suas ações em suas comunidades.
“A Autoridade Palestina pode desempenhar um papel na diminuição das tensões, mas somente se o inimigo sionista interromper suas incursões. A Autoridade Palestina pode acalmar a situação através de sua coordenação com todas as facções palestinas. Mas parece que o governo israelense está trabalhando para aumentar as tensões”, declarou o oficial.
“Israel sabe o que precisa fazer para evitar uma deterioração. Enviamos várias mensagens aos israelenses por meio de contatos diretos e de terceiros, incluindo a Jordânia e os EUA. A bola está agora na quadra israelense”, concluiu.
Acusações de provocação
Na véspera do mês sagrado para os muçulmanos, as autoridades palestinas em Ramallah acusaram Israel de promover ações provocativas contra os palestinos, como visitas de judeus ao complexo da Mesquita de Aqsa e ao Monte do Templo.
“Tais provocações vão arrastar a região para mais tensão e escalada", disse o gabinete do Abbas em um comunicado.
O primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, também acusou o governo israelense de “provocar os sentimentos” dos muçulmanos na véspera do Ramadã, se referindo aos coflitos no campo de refugiados de Jenin e às excursões judaicas ao Monte do Templo.
Além disso, Shtayyeh criticou o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, por aconselhar os civis israelenses a portarem armas, após os últimos ataques terroristas em Beersheba, Hadera e Bnei Brak.
O Conselho Supremo Palestino de Fatwa pediu aos muçulmanos que intensifiquem sua presença em Jerusalém e na Mesquita de al-Aqsa durante o Ramadã.
“A Mesquita de Al-Aqsa precisa desesperadamente da presença de nosso povo à luz da feroz campanha [israelense] visando sua existência, santidade e unidade. Esta campanha atingiu seu auge recentemente com as incursões em massa de colonos na mesquita e seus pátios e portões”, afirmou o Conselho.
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