A Bíblia aponta claramente que um novo templo será dedicado a Deus no futuro, o que é chamado de Terceiro Templo. Em Israel, muitos rabinos e judeus estão dedicados a se preparar para essa construção quando o tempo de colocá-la em prática chegar.
O Primeiro Templo foi construído pelo rei Salomão e totalmente destruído pelo rei da Babilônia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. O Segundo Templo foi construído pelo povo judeu depois de anos no cativeiro babilônico, no mesmo local onde existia o Templo de Salomão. No entanto, o templo voltou a ser destruído no ano 70 pelos romanos.
As Escrituras apontam que o Terceiro Templo existirá quando o anticristo se revelar e interromper os sacrifícios (Daniel 9:27). O apóstolo Paulo também o menciona quando declara que o “homem do pecado” irá se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus (2 Tessalonicenses 2:3-4).
“Seria difícil não ver o que aconteceu nos últimos 50 anos como um tremendo cumprimento da profecia”, disse o rabino Chaim Richman, o Diretor Internacional do Instituto do Templo, que é dedicado à reconstrução do Templo Sagrado em Jerusalém.
Hoje, o Instituto do Templo está trabalhando nos projetos para o novo templo. “Hoje há uma entrada no Knesset (Parlamento de Israel), pois muitos parlamentares estão falando sobre os direitos dos judeus orarem no Monte do Templo”, afirmou Richman.
“Alguns membros do Knesset estão realmente falando sobre a reconstrução do Templo Sagrado. Há 20 anos, essas pessoas ririam disso”, ele acrescentou.
Atualmente, existem grandes obstáculos para a reconstrução do Terceiro Templo e o maior diz respeito à sua localização. O local será construído no Monte do Templo, que é um lugar sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos, sendo também um dos locais mais disputados do mundo. Lá se encontram a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, construídos no século VII e que estão entre as mais antigas estruturas do mundo muçulmano.
Embora Israel tenha retomado o controle da Cidade Velha de Jerusalém e da área do Monte do Templo na Guerra dos Seis Dias, em 1967, o Monte permanece sob custódia da Jordânia sob os termos do tratado de paz. Os judeus israelenses podem entrar no complexo, mas não podem orar ou realizar cerimônias religiosas por lá.