América Latina e Sudeste Asiático estão se tornando celeiros de missões, diz pesquisador

Segundo o especialista em Missões, Zane Pratt, a Igreja da América Latina, África e do Leste Asiático precisarão reevangelizar o Ocidente pós-cristão.

Fonte: Guiame, com informações de Desiring GodAtualizado: sexta-feira, 3 de maio de 2024 às 17:21
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Elianna Gill).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Elianna Gill).

Países que foram campos missionários estão se tornando celeiros de missões, de acordo com as tendências previstas por um especialista em missões mundiais.

Zane Pratt, um professor de Missões Cristãs e Vice-Presidente de Treinamento Global no International Mission Board, analisou a situação do trabalho missionário atual.

Através de relatos dos missionários de todo o mundo, Pratt comentou sobre as mudanças das missão da última década e apontou as tendências para os próximos anos.

Uma das tendências é a mudança do “centro de gravidade” do cristianismo para o Sul Global (América Latina e África) e o Leste Asiático. 

O Evangelho tem crescido nessas regiões, enquanto a secularização continua aumentando na Europa e na América do Norte. O Ocidente tem enfrentado o declínio do número de membros nas igrejas e o afrouxamento das doutrinas teológicas.

“O Sul Global e o Leste Asiático provavelmente desempenharão um papel cada vez mais proeminente nas missões globais e no clima teológico da Igreja global”, apontou o professor Pratt, em artigo do Desiring God.

O país que mais envia missionários no mundo continua sendo os Estados Unidos, mas a Coreia do Sul já ocupa o segundo lugar. O país asiático era um campo missionário no século 19 e hoje possui a maior igreja evangélica do mundo.

Segundo o especialista, as nações que foram evangelizadas pelo Ocidente estão se tornado celeiros de missionários.

“Missionários da Ásia Oriental estão fazendo sentir os seus esforços em todo o mundo. Alguns lugares que recentemente foram campos missionários estão se tornando forças missionárias”, afirmou Zane Pratt.

O professor citou o exemplo dos missionários da América Latina que evangelizaram o mundo islâmico com grande sucesso.

“A igreja africana também está a começar a despertar para a sua força e para as suas responsabilidades globais”, acrescentou ele.

Ocidente precisa ser reevangelizado

Além disso, a Igreja da América Latina, África e do Leste Asiático precisarão reevangelizar o Ocidente, à medida que a região enfraquece espiritualmente. 

“Os missionários do Sul e do Leste desempenharão um papel cada vez mais importante nesta tarefa”, comentou Pratt.

Para o especialista, os missionários ocidentais precisarão dar apoio aos missionários do Sul e do Leste nesta tarefa.

“Precisam investir tempo e recursos na mobilização do envio missionário das igrejas mais recentes no Sul e no Leste”, avaliou ele.

“Evangelização global hoje é urgente”

O professor ainda ressaltou que a evangelização global hoje é urgente, porque as missões não estão conseguindo acompanhar o crescimento da população da Terra.

“Dos oito milhões de pessoas vivas hoje, cerca de quatro milhões pertencem a grupos não alcançados, e muitos mais nunca ouviram o Evangelho, mesmo que tecnicamente tenham acesso a ele. Enquanto isso, os evangélicos representam bem menos de 10% da população total do mundo”, explicou.

E acrescentou que a Igreja tem uma grande oportunidade para alcançar o mundo. “Jesus continua sendo Rei. Os cristãos de hoje podem embarcar na missão global com alegre confiança, sabendo que o nosso Deus reina e que o seu plano para todos os tempos será concluído”, incentivou.

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