Após libertação de Saeed Abedini, organização alerta sobre a perseguição religiosa no mundo

Segundo o chefe de conselho da ACLJ, Jay Sekulow, após a organização ter mobilizado milhões de pessoas em todo o mundo com um abaixo-assinado e também conseguir o apoio de parlamentares dos EUA, o foco agora está em outros tantos casos de perseguição religiosa, existentes pelo mundo.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 19 de janeiro de 2016 às 18:08
Esposa do pastor Saeed, Naghmeh Abedini fala sobre perseguição religiosa durante uma conferência de Direitos Humanos, em 2013 (Foto: ACLJ)
Esposa do pastor Saeed, Naghmeh Abedini fala sobre perseguição religiosa durante uma conferência de Direitos Humanos, em 2013 (Foto: ACLJ)

O Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ) - grupo que alertou e conscientizou sobre a grave situação do pastor Saeed Abedini, preso no Irã e recolheu milhões de assinaturas, reivindicando a sua libertação - está aproveitando a grande repercussão que as notícias sobre a liberdade do pastor estão alcançando para apontar à perseguição que tantos outros cristãos têm sofrido em outras partes do mundo.

"O objetivo do nosso envolvimento no caso do Pastor Saeed por mais de três anos era duplo: mantê-lo vivo em uma das prisões mais perigosas do mundo e trabalhar para garantir a sua libertação. Para isso, implementamos um período de três pontos estratégicos", disse o chefe de conselho da ACLJ, Jay Sekulow em uma declaração ao 'Christian Post' nesta segunda-feira (19).

"Primeiro, queríamos contar com o envolvimento do Departamento de Estado. Em segundo lugar, sabíamos que tínhamos de trabalhar com a comunidade internacional. E, finalmente, aqui em casa, sabíamos que era vital contar com o envolvimento dos membros do Congresso na luta pela liberdade do Pastor Saeed", explicou Sekulow.

Abedini, que ficou preso no Irã por mais de três anos simplesmente por não negar sua sua fé cristã, foi liberto pelo governo iraniano, juntamente com três outros americanos, no último fim de semana.

Notícias da tão esperada libertação do pastor foram bem recebidas por políticos norte-americanos, incluindo o presidente Barack Obama, embora alguns, como os senadores Ted Cruz (Texas) e Marco Rubio (Flórida), criticaram a 'troca de prisioneiros' que permitiu que isso acontecesse.

Sekulow não se pronunciou sobre as questões políticas que cercam a libertação dos quatro norte-americanos, mas disse que a ACLJ é grata tanto pela libertação do pastor, quanto pelos mais de 1 milhão de pessoas que assinaram petições e ofereceram suas orações pela causa.

"O fato é que a libertação do pastor Saeed - e dos outros norte-americanos - não deveria ter demorado tanto. Devíamos ter assegurado a sua libertação antes mesmo de nós começarmos a negociar com os iranianos", acrescentou.

"Com a libertação do Pastor Saeed, este caso isolado chega ao fim. Nossa atenção agora está focada agora na situação dos numerosos outros cristãos perseguidos em todo o mundo. Enquanto nós nos alegramos de que o pastor Saeed esteja agora livre, continuamos nosso trabalho para proteger os cristãos sob ataque por causa de sua fé".

Naghmeh Abedini, a esposa do pastor recém-liberto, falou sobre estas últimas notícias e também expressou sua gratidão a todos os que a apoiaram durante os momentos difíceis que enfrentou.

"Eu queria dizer muito obrigada a todos vocês por terem orado e chorado com a gente, assinando as petições e chamando a atenção de seus funcionários do governo. Obrigado por terem apoiado a nossa família durante esta jornada difícil", escreveu Naghmeh Abedini.

 

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