Ásia Central: Garoto de seis anos evangeliza com ousadia e preocupa os pais

Apesar da paixão da criança por Jesus ser uma alegria para os pais - que lideram uma igreja doméstica - o fator também pode representar perigo, tanto para a criança, quanto para o ministério, já que a perseguição religiosa é intensa na Ásia Central.

Fonte: Guiame, com informações do Gospel HeraldAtualizado: quarta-feira, 25 de maio de 2016 às 13:11
Garoto estuda com colegas em escola da Ásia Central. (Foto: Reuters)
Garoto estuda com colegas em escola da Ásia Central. (Foto: Reuters)

Um pastor e sua esposa - que moram em um país da Ásia Central que sofre com a perseguição religiosa - têm sido confrontados com uma decisão difícil, enquanto seu filho de apenas seis anos de idade expressa sem qualquer sinal de medo, sua paixão por Jesus Cristo. Apesar disso ser uma alegria para muitos pais cristãos, o fator também pode representar um perigo, tanto para a criança, quanto para a igreja doméstica, que funciona secretamente.

De acordo com um relatório de vigilância da Missão Portas Abertas nos EUA, um pesquisador de campo associado e sua esposa recentemente falaram com a esposa de um pastor, líder de uma igreja doméstica, na Ásia Central.

A mulher revelou que ela e seu marido têm um filho de seis anos de idade, que ela descreveu como uma criança "alegre, que adora cantar em voz alta" sobre o seu amor por Cristo. O garotinho também compartilha a mensagem Cristo com todos que encontra, segundo sua mãe revelou.

"Recentemente, ele me perguntou se seu amigo iria para o céu, caso ele morresse e eu disse: 'Se ele não conhece a Cristo, então provavelmente não vá", ela recordou. Em seguida, seu filho disse: "Então eu tenho que falar e ele com urgência sobre Jesus!".

Apesar dos 'perigos' que a atitude do garoto pode representar para ele mesmo, sua família e a igreja doméstica, a mãe revelou que ela não quer inibir a paixão de seu filho em compartilhar do Evangelho com os outros e pediu que o Corpo de Cristo em todo o mundo estivesse orando por sua família e ministério.

A Missão Portas Abertas também fez um apelo para que os cristãos em todo o mundo orem por essa família.

"Oremos Deus que dê a sabedoria a essa mãe nesta situação. Oremos a Deus que esta criança e sua família continuem a se orgulhar do Evangelho, e o compartilhem com responsabilidade em seu país", observa o relatório.


Perseguição religiosa
A perseguição contra os cristãos ainda é evidente em alguns antigos Estados soviéticos, como listados pelo mais recente relatório da Missão Internacional Portas Abertas. Países como Uzbequistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e Cazaquistão integram a lista dos 50 lugares onde o cristianismo sofre perseguição mais intensa.

15º na lista, o Uzbequistão é o país onde há maiores índices de perseguição religiosa na Ásia Central. Já na República do Azerbaijão, (34º na lista) os cristãos protestantes são consideradas "extremistas". O país também tem muitos dos "prisioneiros de consciência", que são cristãos, muçulmanos ou de outras religiões e acabam sendo presos em razão de sua declaração de fé.

Wade Kusack, diretor do departamento de liberdade religiosa da Missão Eurásia, disse à World Magazine que "a intolerância islâmica contra o cristianismo e a forma como muitas pessoas nesses países visualizam o islamismo como parte de suas identidades étnicas e culturais, também são fatores que contribuem para a intensificação da perseguição aos cristãos na Ásia Central".

Kusack disse que as pessoas muitas vezes enxergam os muçulmanos convertidos ao cristianismo como traidores e apontam os missionários como uma "ameaça à identidade nacional".

Apesar dos desafios, os missionários com ministérios em países da Ásia Central deram início a centenas de igrejas ao longo das últimas três décadas, de acordo com a Missão 'Christian Aid'.

"Se há oposição ao cristianismo - especialmente aos evangélicos - isso só tem estimulado uma maior unidade e compromisso entre os crentes na região", observa a Missão.

"Superar equívocos culturais é uma batalha difícil, mas líderes de ministérios são encorajados por uma nova geração de crentes que sentem a urgência de levar o evangelho ao seu próprio povo, enquanto eles podem".

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