Carlos Alberto Bezerra Jr, presidente da CPI do Trabalho Escravo da Assembleia Legislativa de São Paulo, estima que 12 mil oficinas clandestinas exploram 200 mil imigrantes bolivianos.
O relatório foi apresentado nesta quarta-feira, 22 de outubro. A construção civil, que ficou de foram da investigação, pode ser o próximo alvo da CPI.
Fornecedore da indústria têxtil, incluindo grifes famosas, foram investigadas por nove meses e apontados como responsável pela exploração.
"As empresas já desenvolveram um grande talento para lidar com a opinião pública e trabalhar bem a própria defesa, mas ainda engatinham na prevenção dos contratos de trabalho escravo. Por isso, nós fizemos uma série de propostas por maior transparência e uma participação mais ativa do governo na questão", afirmou Bezerra Jr.
A ambição desenfreada é vista pelo presidente da CPI como motivação do trabalho escravo. “Como a vantagem concorrencial de quem se utiliza desse tipo de prática dá em torno de 200% a mais de lucro, há necessidade de políticas públicas que protejam as pessoas em situação de vulnerabilidade", disse ele.
com informações do G1