Os cristãos no Oriente Médio estão enfrentando “extinção iminente”, conforme advertiu o arcebispo de Canterbury neste domingo (2). Justin Welby disse que os seguidores de Cristo estão sujeitos à “ameaça diária de assassinatos” e que a situação é a pior desde as invasões mongóis do século XIII.
A advertência gritante foi declarada após o arcebispo pedir ao governo do Reino Unido para aceitar mais refugiados. Dados indicam que apenas 1 em cada 400 refugiados sírios que receberam asilo no ano passado era cristão.
“A situação dos cristãos em muitas partes do Oriente Médio tornou-se cada vez mais crítica”, disse Welby à BBC antes de uma cerimônia especial na Abadia de Westminster. “Nos aproximamos do Natal, precisamos orar por eles e falar por eles”.
Em um artigo para o site britânico Telegraph, ele acrescentou: “Os cristãos enfrentam diariamente ameaças de violência, assassinato, intimidação, preconceito e pobreza”.
“Nos últimos anos, eles foram massacrados pelo Estado Islâmico e, em muitos países, encontram-se espremidos entre as pedras de cima e de baixo da pressão que está sobre eles dentro da sociedade e dos conflitos que afligem a região”, acrescentou.
“Muitos foram embora. Centenas de milhares foram forçados a sair de suas casas. Muitos foram mortos, escravizados, perseguidos ou convertidos à força. Mesmo aqueles que permanecem fazem a pergunta: ‘Por que ficar?’”, lamentou Welby.
O arcebispo destacou que a população cristã do Iraque está abaixo da metade do que era em 2003, e muitas igrejas foram destruídas. “Por toda a região, as comunidades cristãs que foram a base da Igreja universal agora enfrentam a ameaça de uma extinção iminente”, alertou.
O líder da Igreja da Inglaterra incentivou o apoio aos cristãos refugiados que precisam de asilo. “Onde, corajosamente e pela graça de Deus, eles escolhem permanecer, precisam de um apoio visível, notório e externo”.