Em Zanzibar, os cristãos vivem em um clima de medo. É o país onde um jovem cristão fugiu da ilha para escapar das ameaças que sofria de sua família muçulmana, e também de um cristão, que acidentalmente queimou o Alcorão e foi preso, para não ser morto pela fúria da população.
Yusuf Abdalla, 23 anos, fugiu para Moshi, na Tanzânia continental, depois que sua família ameaçou matá-lo, em junho. Ele se converteu ao cristianismo em outubro de 2010, após ouvir sobre o evangelho no rádio. Então se matriculou em uma escola profissional em Zanzibar para aprender a costurar, quando sua família descobriu que ele deixou o Islã.
Yusuf foi espancado pelos membros de sua família. Esse ataque o deixou com muitos ferimentos na cabeça, na mão e no tronco, além de uma ferida grave na boca. Ele também perdeu muito sangue nessa ocasião, conforme relatou um pastor da região, que pediu anonimato.
A família dele levou a máquina de costura que ele tinha comprado e disse que não ajudaria na formação dele, disse o pastor. Após se recuperar, Abdalla se refugiou na casa do pastor. Depois de dois meses morando ali, alguém avisou a família de Abdalla que ele estava na casa do pastor e eles ameaçaram matar Abdalla. A igreja conseguiu organizar a fuga dele.
Outro que se converteu ao cristianismo foi Juma Suleiman, da ilha de Pemba. Ele também está enfrentando ameaças de morte. Suleiman se tornou cristão há apenas dois meses, quando o pastor Yohana Mfundo pregou para ele, enquanto estava na prisão.
Suleiman foi libertado há pouco mais de duas semanas da prisão e os membros da sua família já o estavam ameaçando de morte, por ele ter aceitado a Jesus. Ele está agora escondido no país e tem planos de fugir da ilha.
Em Zanzibar, a maioria muçulmana oprime as minorias religiosas de maneiras sutis. As escolas ensinam somente estudos islâmicos e não cristãos. E qualquer estudante que afirmar que Jesus é o Senhor e único Salvador não receberá suas notas e será reprovado, disseram os pastores do país.
Tradução: Lucas Gregório