Hoje, dia 4 de junho, é o Dia Internacional da Criança Vítima de Agressão. Para mostrar a importância dessa data e sobre a necessidade de conscientização sobre o tema, a Portas Abertas publicou um artigo abrindo o leque sobre essa realidade e contando algumas histórias.
Em países da África Subsaariana, as crianças são vítimas diretas dos ataques de pastores de cabra fulanis e extremistas como Boko Haram. Esses pequenos primeiro perdem os pais assassinados, depois são abandonados à própria sorte com as mães e os irmãos.
Fé em meio às dificuldades
Quando a violência aconteceu na casa de Rose, na Nigéria, ela ficou responsável pelo sustento das duas filhas, Esther e Joy, e de um bebê, que ainda nem tinha nascido, quando o esposo foi morto por militantes fulanis.
Nessa ocasião, a família recebeu alimento e ajuda financeira para iniciar um negócio. “Nunca imaginei que receberia tais presentes, e hoje minha fé em Cristo foi fortalecida. Na verdade, aquele que zela pelas viúvas não dorme.”, agradeceu a cristã pela ajuda através de colaboradores da Portas Abertas.
Os cristãos espalhados pelo mundo e que são ajudados de alguma forma, contam como sentem a presença e o agir de Deus em suas vidas. E, mesmo que não seja fácil continuar, eles seguem em frente por causa da fé.
Rose contou que a filha caçula faleceu inesperadamente por uma doença. “Patience morreu no dia 12 de dezembro. Honestamente, não achei nada fácil, porque aconteceu logo depois da morte do meu marido”, contou.
Deus como marido das viúvas e pai dos órfãos
Esther é a filha mais velha e parece ter mais consciência dos desafios que a família vive. Ela sempre está perto da mãe e lembra com frequência do pai. Já Joy é menor e ainda vive agitada brincando.
“Às vezes, elas perguntam onde o pai está. Quando eu respondo que ele viajou para muito longe, elas ficam muito tristes. Às vezes, até se sentem mal”, explica a mãe.
Rose disse que ora e tem esperança de ver Esther e Joy nos caminhos de Jesus, mesmo em um país onde há tanta perseguição aos cristãos. “Eu as acordo para orarmos juntas e ler a palavra de Deus para encorajar nossos corações. Faço isso para ajudá-las a entender o que aconteceu com o pai e a irmã”, revela a cristã.
Hoje, Rose tem um negócio próprio de onde tira o sustento da casa e consegue pagar as taxas escolares das filhas. Ela não se vê como uma viúva necessitada, porque acredita que Deus é o pai das filhas dela.
“Deus é realmente o pai dos órfãos. Quando as pessoas veem minhas filhas na comunidade, são forçadas a acreditar que ele é real, porque não parece que passamos por tantas lutas. Não importam as tempestades que a vida pode trazer, eu vou sorrir, porque Deus está no barco comigo, e é ele quem está no controle da tempestade”, finaliza a cristã.