Em ataques no norte do Iraque, aproximadamente 5 mil mulheres e meninas yazidis teriam sido sequestras por membros do Estado Islâmico.
Segundo relatos, elas são violentadas sexualmente e vendidas em mercado no centro do chamado califado. Há informações de que a mais nova do grupo é Ceylan, de apenas cinco anos.
"No início de agosto, os jihadistas invadiram nosso vilarejo", conta Zehra, de 20 anos. "Eles obrigaram a população a escolher: 'vocês têm dois dias para se converter ao islamismo', disseram, 'caso contrário vocês estão ameaçados de morte'. Mas as pessoas não queriam se tornar muçulmanas, então eles nos conduziram a uma escola e separaram os homens das mulheres."
A comunidade religiosa dos yazidis, cujas origens remontam a tempos pré-cristãos, atraiu contra si o ódio de radicais islâmicos com frequência no passado. Para os muçulmanos, os yazidis seriam adoradores do diabo.
As mulheres sequestradas estão em Mossul, centro do califado e são negociadas em uma espécie de mercado de mulheres.
"Ali foi montado um escritório. Ali se podem ver as fotos das mulheres e perguntar pelo preço", contou Suzan Aref, conhecido ativista de direitos humanos no Iraque. "Cristãs são mais caras que yazidis. Sabemos disso a partir de relatos de mulheres que passaram um tempo nas mãos do EI e retornaram. Na maioria dos casos, as mulheres são estupradas logo após o sequestro. Primeiramente, os jihadistas as dividem entre eles. Quando estão saciados, eles as vendem em Mossul e pegam um novo grupo."
com informações de DEUTSCHE WELLE/O Povo