Governo comunista remove aplicativo de oração na China

O “Pray.com”, que fornecia orações diárias e histórias bíblicas, foi removido da App Store no país.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024 às 15:39
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Declan Sun).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Declan Sun).

Um aplicativo de oração foi removido pelo governo comunista na China, em mais uma medida para reprimir o cristianismo no país

Segundo a própria plataforma, o “Pray.com” foi retirado da Apple Store app. A remoção afeta o acesso dos chineses a orações diárias, histórias bíblicas e a eventos cristãos, como o Dia Nacional de Oração com líderes nos Estados Unidos.

A proibição mostrou uma mudança do governo chinês em relação ao aplicativo de oração de mais de 16 milhões de usuários. Quando a China encerrou outros aplicativos da Bíblia em 2021, o “Pray.com” foi poupado e funcionava com um pouco mais de liberdade.

“Desde que iniciamos o Pray.com, nos acostumamos a relações positivas com a China”, afirmou o cofundador da plataforma Michael Lynn, em comunicado. 

“O presidente Xi permitiu a impressão de quase 150 milhões de Bíblias por ano, e o presidente Trump garantiu que as Bíblias estivessem isentas das tarifas chinesas”.

Agora, o aplicativo está buscando outras formas de servir ao seu público chinês. Conforme a empresa, o CEO Steve Gatena convidará o Presidente Xi para o evento do Dia Nacional de Oração em Washington, em maio deste ano.

“Estamos empenhados em superar estas barreiras para garantir que a nossa comunidade global permaneça ligada e apoiada, especialmente durante momentos espirituais significativos, como o Dia Nacional de Oração”, declarou o cofundador Matthew Potter.

Repressão da fé cristã na internet

Em 2022, uma nova lei chinesa entrou em vigor, tornando ilegal a criação ou compartilhamento de qualquer conteúdo religioso online.

Dessa forma, todo tipo de encontro online de cunho religioso, desde uma simples reunião até uma pregação são atos considerados “fora da lei”.

Para postar ou compartilhar qualquer conteúdo online é necessário uma ‘Permissão de Serviço de Informação Religiosa da Internet’. Na prática, estes só serão disponibilizados para as igrejas já ‘legalmente estabelecidas’. 

Mesmo assim o conteúdo será examinado de perto, para garantir que a mensagem esteja de acordo com os ensinamentos do Partido Comunista Chinês. Todas as outras igrejas clandestinas estão efetivamente sendo expulsas da internet.

Em maio de 2021, aplicativos da Bíblia e sites cristãos foram fechados na China. As autoridades também retiraram as contas públicas do Christian WeChat.

Enquanto os aplicativos bíblicos foram removidos da App Store, as Bíblias impressas não estão mais disponíveis para venda online.

A perseguição aos cristãos na China está crescendo em ritmo acelerado. O país ocupa a 19ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, da Portas Abertas. 

O regime de Xi Jinping é responsável pela detenção arbitrária de vários pastores. Há relatos de torturas e maus tratos contra cristãos, o que fere o direito à liberdade religiosa no país.

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