Maior livraria cristã da China fecha após pressão do governo comunista

Após 21 anos de funcionamento, a Beijing Morning Light fechou em Pequim. O gerente já havia sido preso pelo regime.

Fonte: Guiame, com informações de China Aid Atualizado: terça-feira, 4 de novembro de 2025 às 19:50
Beijing Morning Light. (Foto: China Aid).
Beijing Morning Light. (Foto: China Aid).

A maior livraria cristã da China fechou as portas após enfrentar anos de pressão do regime comunista.

Segundo a China Aid, uma organização que monitora a perseguição no mundo, o último dia de funcionamento da Beijing Morning Light Bookstore foi em 27 de outubro.

A loja, localizada em Pequim, anunciou uma limpa de estoque, com livros com até 70% de desconto, antes do fechamento.

De acordo com a China Aid, se entende que a livraria cristã não conseguiu continuar suas operações devido à pressão do governo.

A Beijing Morning Light foi fundada em 2004, inicialmente como uma organização sem fins lucrativos com o propósito de divulgar a literatura cristã e promover o intercâmbio cultural entre a China e outros países.

Ao longo dos anos, a livraria estabeleceu uma rede de mais de 200 livrarias em todo o país, colaborando com a distribuição de literatura.

Ela também promoveu palestras e treinamentos baseado na fé sobre temas como casamento, família e trabalho.

A Beijing Morning Light se tornou influente no meio cristão ao criar grupos de leitura para o crescimento espiritual dos participantes.

Além disso, a loja participou de ações sociais, ajudando a construir bibliotecas em regiões pobres e doando milhares de livros para crianças.

Livraria perseguida

A livraria cristã já vinha enfrentando oposição do governo chinês através de inspeções desde 2012. Em situações anteriores, ela quase foi fechada. 

O vice-gerente geral da livraria, Li Wenxi, foi preso pela polícia da província de Shanxi, acusado de suposta "operações comerciais ilegais". Ele foi condenado a dois anos de prisão, em 9 de maio de 2013.

O regime de Xi Jinping tem aumentado cada vez mais as restrições a instituições cristãs no país, em uma tentativa de deter o avanço do cristianismo.

Em setembro, o governo comunista anunciou novos regulamentos que restringem ainda mais a divulgação de conteúdos cristãos e evangelismo na internet.

O documento ainda proibiu a evangelização de menores de idade pela internet e barrou igrejas e ministério de realizarem retiros e treinamentos para crianças e jovens.

As autoridades também restringem a impressão e a distribuição de Bíblias e livros cristãos.

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