Os pastores Emerson Caetano, João Gomes e Sérgio de Oliveira, e as missionárias Dilene Lopes e Helena Balbi - todos da Igreja Batista da Lagoinha - estão no território haitiano desde o dia 8/3, e têm muitas histórias para contar. A comunicação e a internet ainda são ''acessórios de luxo'' no país. A viagem foi longa, mas o Senhor encurtou a distância, para que pudéssemos contemplar os seus feitos pelo mundo. Sinta-se amado e grato a Deus após ler essa correspondência, e, continue orando pelos pastores, pelas missionárias e pelo país, porque cremos que seu clamor está chegando ao céu.
Amados irmãos,
Escrevemos da cidade de Delmas, grande Porto Príncipe, após a primeira fase da nossa missão ao Haiti. Nesses primeiros cinco dias, vimos a situação da capital, conhecemos parte da Igreja do Senhor, visitamos alguns campos e orfanatos, algumas famílias e congregações. Viemos ao país pela República Dominicana, de onde trouxemos alimentação para 30 igrejas diferentes. A distribuição do alimento será realizada pelos respectivos pastores de cada congregação e caixas de água serão instaladas nessas igrejas pelo projeto da Missão de Apoio a Igreja Sofredora (a MAIS). Participamos ainda de diferentes cultos e fomos impactados pela celebração e pelo louvor que nossos irmãos haitianos oferecem a Deus em meio a tanta dificuldade e aflição. Todos os dias cultos são celebrados em inúmeras igrejas ao redor da cidade de Porto Príncipe e muitas vidas têm se convertido após o terremoto do dia 12 de janeiro. No dia 13/3, participamos de um culto de batismo, e após nos reunimos com os pastores locais, compartilhamos da Palavra do Senhor e do chamado para oração e adoração 24 horas, crendo que quanto mais a Igreja se humilhar, orar, buscar a face do Senhor e se converter dos seus maus caminhos, mais o Haiti será curado. Esse tem sido o nosso clamor por essa nação, para que cure essa terra. Também clamamos pela vinda do reino de Deus sobre os corações e pelo nascimento de um novo Haiti. Ainda que tudo isso seja importante, sabemos que não é a Organização das Nações Unidas (ONU), as organizações não-governamentais, o dinheiro e os esforços internacionais que podem trazer cura para essa nação. Somente o Senhor é a fonte de vida e restauração para o país.
As populações que foram afetadas não vivem mais dentro de suas casas. Por isso, grandes campos foram formados, e a concentração de apenas um único campo chega a 62 mil tendas com mais de 170 mil pessoas, no conhecido campo de ''Delma 48''. Essa é uma situação insustentável e motivo de oração. Chegar nesses campos é visualizar claramente o que Jesus disse sobre as multidões como ovelhas sem pastor, tamanha é a carência acima de tudo espiritual dessas pessoas. Tivemos a oportunidade de ministrar em um evento do ministério Jovens com uma Missão (JOCUM), realizado em um desses campos, em que centenas de haitianos se reuniram e entregaram suas vidas a Jesus. Os haitianos ouviram a Palavra do Senhor em Isaías 43.18-19 acerca de um novo tempo, uma nova vida possível em Deus. Continuem orando pelo restabelecimento do Haiti. Queremos fazer parte da restauração das antigas ruínas, levantando os fundamentos de muitas gerações, reparando brechas, e restaurando veredas, para que esse país se torne habitável (Isaías 58.12). Ore por nós, para que cumpramos, sob a graça e capacitação do Senhor, essa missão, consumando a obra que Ele confiou a todos nós da Igreja brasileira.
Equipe da Lagoinha no Haiti.
Colaborou ainda nesse relato o pastor Mário Freitas, da Terceira Igreja Presbiteriana em Belo Horizonte, que também esteve em missão no Haiti e regressou ao Brasil na última semana.