Na Eritreia, desde 2002, o governo baniu os grupos religiosos, com exceção dos luteranos, ortodoxos, católicos romanos e muçulmanos, e mesmo não sendo banidos eles sofrem forte monitoramento.
A opressão sobre os outros grupos, proibidos de se reunir, coloca o país no 12º lugar na Classificação da Perseguição Religiosa.
A jovem Senet* é uma das pessoas perseguidas após se encontrar com Jesus. Ela foi presa com um grupo de jovens cristãos, anos atrás. “A cela em que fomos colocadas era pequena demais para as 56 mulheres que havia lá. Não tinha espaço para sentar, menos ainda para dormir”, compartilha a jovem.
Numa noite, Senet sonhou que estava lutando contra um homem muito forte, mas apesar disso, conseguiu derrotá-lo. No próprio sonho, ela surpreendia-se com sua força e perguntava-se como conseguira derrotar o oponente. Ao acordar, Senet comentou o sonho com uma companheira de cela. Essa foi uma atitude equivocada, pois, dias mais tarde, a perseguição contra Senet recomeçou — possivelmente um dos oficiais ouviu seu relato e resolveu se vingar.
“Fui acusada de continuar a pregar. Como punição, colocaram-me em uma cela ocupada apenas por homens. Clamei pela intervenção de Deus. Alguns dias depois, mandaram-nos fazer as malas. Seríamos transferidos. Fomos forçados a caminhar quase 60 quilômetros até outra prisão. Mas Deus me ajudou e completei a jornada sem fraqueza nem dor”.
Alguns anos depois, Senet foi convidada a assinar um documento de renúncia ao cristianismo, mas se recusou. “Alguns parentes visitavam os presos, pedindo que assinassem o papel para saírem de lá. Isso aumentava a pressão sobre nós. Alguns familiares até ameaçavam cometer suicídio se não negássemos Jesus. Algumas mulheres chegaram a desistir por causa da pressão e assinaram o documento”.
com informações da Portas Abertas