Juergen Todenhoefer, um autor e ex-político alemão, recentemente viajou para o Oriente Médio e entrou em um território controlado pelo ISIS (Estado Islâmico), para investigar o grupo militante. “O Estado Islâmico é mais perigoso do que as pessoas imaginam", afirmou.
"Há uma sensação horrível de normalidade em Mosul", disse Todenhoefer, a respeito de como a cidade estava acostumada com controle do ISIS.
"130 mil cristãos foram expulsos da cidade, xiitas fugiram, e muitas pessoas foram assassinadas; ainda assim a cidade está funcionando com a estabilidade que o Estado Islâmico lhes trouxe", conta o autor que viajou para cidades como Deir Ezzor Raqqa, na Síria e Mosul, no Iraque.
Todenhoefer também observou que "muitos vivem bastante assustados, porque a punição por quebrar as regras do Estado Islâmico é muito grave".
Originalmente afiliado da al-Qaeda e atualmente liderado por Abu Bakr al-Bagdadi, o ISIS ganhou manchetes internacionais por sua rápida conquista de territórios e seu tratamento brutal contra prisioneiros de guerra e civis.
O ISIS tomou o território do norte do Iraque e da Síria, aproveitando o vácuo que existia no poder do país devido à guerra civil em curso.
Ao ser denunciado por muitos líderes islâmicos, o ISIS continua a ser uma força na região, principalmente pela capacidade de financiar suas operações de petróleo e pelo mercado negro de artefatos locais.
Oliver Moody, colaborador do jornal britânico The Times, informou que militantes do Estado Islâmico estavam roubando igrejas e artefatos preciosos de outros centros culturais para vendê-los ilegalmente no exterior.
"Os militantes do ISIS usam escavadeiras para obter pedaços de gesso e pinturas de igrejas antigas, porque isso rende bastante dinheiro", relatou uma edição do Shafaq Notícias. "O Serviço de Inteligência do Iraque confirmou no início deste ano que o ISIS conseguiu coletar 23 milhões de euros com a venda de artefatos da cidade síria de Nabaq, que é repleta de peças de coleção cristãs".
Com informações de The Christian Post
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