Pastor é decapitado e cristãos envenenados em “armadilha” no leste da Uganda

Um pastor africano foi decapitado por resistir a um ataque ao terreno de sua igreja. Em outra área, cinco cristãos que viviam em uma vila predominantemente muçulmana foram mortos depois de terem ingerido comida envenenada após um estudo bíblico.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: quarta-feira, 30 de dezembro de 2015 às 16:28
Parentes de Hajii Suleiman Sajjabi aguardam retorno dos cristãos envenenadas no Hospital Regional Mbale. (Foto: Morning Star News)
Parentes de Hajii Suleiman Sajjabi aguardam retorno dos cristãos envenenadas no Hospital Regional Mbale. (Foto: Morning Star News)

Um pastor africano foi decapitado na última quarta-feira (23) por um grupo de muçulmanos na região leste da Uganda, por resistir a um ataque ao terreno de sua igreja.

No distrito de Namudumba, muçulmanos ergueram uma cerca de arame para fazer uma fronteira, incluindo nela o terreno do Ministério Igreja Pentecostal, relatou um dos líderes ao site Morning Star News. Um membro que vive próximo ao prédio da igreja telefonou ao pastor Martin Bongo, que se dirigiu imediatamente ao local.

"Por que vocês estão invadindo o terreno da igreja e removendo os marcos da fronteira?", questionou Martin. Um líder muçulmano respondeu: "Nós dissemos muitas vezes que não queríamos que a igreja fosse localizada próximo à mesquita. Sua igreja tem roubado os nossos membros para sua igreja".

Em seguida, um muçulmano chamado Abdulhakha Mugen sacou uma espada e feriu o pescoço do pastor. Martin caiu sangrando e foi morto, aos 32 anos, depois de receber mais golpes de espada.

O grupo de muçulmanos lançou o corpo do pastor Martin em um rio próximo ao local do crime. Ele deixou uma viúva e dois filhos.

A igreja tem documentos que provam a compra da terra disputada pelos muçulmanos. Foram pagos 3,4 milhões de xelins ugandeses (aproximadamente R$ 4 mil), informa um líder da igreja.

Cristãos envenenados

Em outra área do leste da Uganda, cinco cristãos que viviam em uma vila predominantemente muçulmana foram mortos depois de terem se alimentado de comida envenenada após um estudo bíblico.

O estudo da Bíblia aconteceu no dia 18 de dezembro no distrito de Budaka, na casa de Hajii Suleiman Sajjabi — uma ex-muçulmana que liderava os estudos com oito membros de sua família, que chegaram à fé em Cristo sob sua influência.

Após a cilada, Sajjabi ficou em coma e quatro de seus parentes morreram: Katooko Aisha Sajjabi, 22, morreu às 4 horas da manhã do dia 19 de dezembro; Mwanje Husain Sajjabi, 24, morreu às 5 horas da manhã no mesmo dia e Eric Ali Sajjabi, 29 e Musa Namusongi Sajjabi, 26, morreram um pouco mais tarde.

Uma quinta vítima, a vizinha Mariam Kurumu, que estava grávida, morreu às 5 horas da manhã no Hospital Regional Mbale.

A polícia de Budaka e a polícia de Kaderuna investigam um dos filhos de Sajjabi, Isa Sajjabi, de 32 anos. Ele sempre resistiu em deixar o islã para abraçar o cristianismo, e se distanciou de seus parentes convertidos. Ele estava em casa no momento do estudo bíblico, mas não participou.

Sobreviventes relatam que quando sua mãe deixou o estudo, por um momento, para pegar água, encontrou Isa Sajjabi na cozinha. Depois que o estudo foi finalizado, às 19:30, e o grupo começou a comer, Isa Sajjabi e um amigo muçulmano desapareceram. Os membros do grupo começaram a se sentir mal depois de meia hora.

De acordo com um médico do Hospital Regional Mbale, um exame feito nos corpos das vítimas revelou a presença de uma substância conhecida como Malathion, um pesticida de baixa toxicidade. Apesar do baixo nível tóxico, depois de ingerido, Malathion, metaboliza rapidamente e se torna altamente tóxico.

Cerca de 85% da população em Uganda é cristã e 11% professa a fé muçulmana, concentrada principalmente no leste do país. A constituição do país consagra a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter as pessoas de uma fé para outra.

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