Radialista cria ministério para ajudar usuárias de drogas: "Queria fazer mais"

Ao entrevistar uma mulher que venceu o vício do álcool, Ana Castro viu a oportunidade de iniciar um ministério para ajudar esse grupo.

Fonte: Guiame, com informações do site Notícias AdventistasAtualizado: segunda-feira, 24 de abril de 2017 às 20:27
O grupo liderado por Ana fez a segunda visita na véspera do feriado de Páscoa. (Foto: ASN).
O grupo liderado por Ana fez a segunda visita na véspera do feriado de Páscoa. (Foto: ASN).

Uma radialista teve seu coração sensibilizado ao entrevistar uma pessoa que superou o vício em bebidas alcoólicas. Pronto, esse foi o início de um novo ministério. Ana Castro, que apresenta um programa de variedades em uma emissora de rádio de Cruz Alta (Rio Grande do Sul), não perdeu tempo ao identificar a oportunidade de sua vida para se engajar na obra de Deus.

Ela passou a refletir sobre o quanto pessoas que sofrem com vícios precisam de apoio para vencer os hábitos ruins. E tudo começou quando ela entrevistou uma ex-viciada. Assim que o programa terminou, ela sugeriu à entrevistada a ideia de fazer contato com líderes da comunidade terapêutica por onde havia passado. Ana pretendia visitar o grupo junto aos fiéis da igreja adventista de sua cidade.

“Eu fiz a sugestão e ela disse que conversaria com uma das monitoras. As coisas se encaminharam, daí eu falei com o pastor, com os colegas do Ministério Pessoal e também com jovens para organizarmos uma ação”, disse a radialista.

Motivada pelo engajamento e colaboração dos envolvidos, Ana passou a liderar o projeto. “Eu sempre achei que podia fazer mais pelas pessoas, mas não sabia exatamente onde, mas quando as coisas deram certo, passei a incentivar a todos os membros da igreja”, contou.

Ana e o grupo já fizeram duas visitas à Comunidade Terapêutica Feminina (Cotefem). Além de levar lanches, Ana, o pastor e os amigos ministram palavras de conforto aos que estavam presentes. Segundo uma das monitoras, o trabalho que o grupo está fazendo tem uma função essencial diante da escolha das mulheres de superar os problemas.

“Elas estão exatamente à procura disso: de incentivo para deixar o passado para trás, de autoestima, de carinho, então o fato deles virem aqui, trazendo a palavra de Deus, é muito importante”, ressalta Thainara Oliveira, que atua como voluntária na organização do local.

Estreitando os Laços

O grupo liderado por Ana fez a segunda visita na véspera do feriado de Páscoa. Dessa vez, levaram uma história de superação contada por um missionário que foi usuário de crack. Isso fez com que os laços fossem estreitados e gerasse uma maior aproximação por conta da identificação com as mulheres.

No final, uma breve encenação mostrou o sofrimento de Jesus Cristo ao carregar uma cruz de madeira. Os cristãos levantaram placas, com letras que formavam as frases “Foi por você” e “Jesus te ama”, enquanto o ator que representava Cristo cumprimentava uma a uma.

Ana explica que a ideia das visitas é gerar estreitamento nas relações para que sejam iniciados, na medida do interesse, estudos bíblicos. Ao mesmo tempo, o grupo também pretende auxiliar mulheres que não tem nenhum tipo de ajuda da família e entregar materiais higiene, por exemplo, já que a comunidade sobrevive por meio de doações.

A Comunidade Terapêutica Feminina é uma organização sem fins lucrativos que oferece tratamento a pessoas que sofrem com o vício do álcool e de outras drogas. Surgiu pela necessidade de unir esforços para prestação de serviços em favor de famílias que possuem alguém precisando de ajuda. A instituição também atua na prevenção e reinserção social de mulheres com dependência química.

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