Terroristas e radicais fulanis mataram 25 cristãos em ataques nas últimas três semanas, no estado de Benue, na Nigéria.
De acordo com o Morning Star News, o último ataque aconteceu na tarde de domingo (18) na aldeia de maioria cristã Tse Ngban, no condado de Guma.
“Os pastores Fulani que atacaram a comunidade Ngban eram mais de 20, e todos estavam armados. Eles mataram três membros da nossa comunidade”, relatou Michael Juhul, um morador local, ao Morning Star News.
Segundo Michael, nas últimas semanas, pastores muçulmanos também assassinaram 13 cristãos, incluindo duas mulheres, durante ataques às aldeias de Tse Numgbera, Umella, Yogobo e Ukohol.
“Os pastores também destruíram casas pertencentes a esses cristãos, incendiando-os durante os ataques, que duraram dois dias, em 9 e 10 de setembro”, afirmou o presidente do condado de Guma, Mike Ubah.
Na primeira semana de setembro, outros nove crentes foram mortos em ataques a duas aldeias da região, conforme Mike.
Como resultado dos ataques recentes, mais de 6 mil cristãos do estado de Benue foram deslocados, de acordo com a Agência de Gerenciamento de Emergências do Estado de Benue (SEMA).
“Esses ataques contínuos de pastores a comunidades cristãs no estado também resultaram na destruição de instalações como igrejas, escolas, mercados e estabelecimentos de saúde”, disse Emmanuel Shior, secretário executivo da SEMA.
O Comando da Polícia do Estado de Benue confirmou os ataques e informou que investigações estão em andamento.
Alvos constantes de ataques
As comunidades cristãs na Nigéria se tornaram alvos constantes de ataques de radicais, devido a sua fé.
O país africano foi o lugar onde mais cristãos morreram em 2021, registrando 4.650 mortes, segundo o relatório da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500.
“A situação na Nigéria continua a se deteriorar. O fracasso total do governo nigeriano em reinar no extremismo criou um ambiente em que os extremistas se sentem justificados para atacar os cristãos”, declarou David Curry, CEO da Portas Abertas.
Na Lista Mundial da Perseguição de 2022 dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria saltou para o sétimo lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos, do 9º lugar no ano anterior.