Igreja é dividida em três segmentos no Brasil; dois são favoráveis e um contra o casamento gay.
A declaração dada pelo arcebispo dom Ricardo Lorite de Lima da Igreja Anglicana do Brasil de que os homossexuais podem ser ordenados como sacerdotes e também receber a benção da igreja durante o casamento causou uma discussão entre os anglicanos em Ribeirão Preto. A polêmica começou depois do apoio de dom Ricardo durante a realização da 7ª Parada do Orgulho LGBT, no último domingo (21).
De acordo com Fernando Nobile, representante da Diocese do Recife, o anglicanismo no Brasil é divido em três segmentos, sendo que apenas dois fazem parte da comunhão anglicana, que tem como líder espiritual o arcebispo de Cantuaria. A Igreja Anglicana do Brasil, a qual o arcebispo dom Ricardo pertence, nasceu de uma insatisfação de um bispo que não seria ordenado nas nossas províncias e, por isso, fundou essa igreja independente, afirma.
Ainda segundo Nobile, as duas províncias reconhecidas por eles são a da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), considerada liberal, e a Diocese do Recife, que segue a linha ortodoxa. A IEAB apoia o casamento gay, assim como a Igreja Anglicana do Brasil. Porém, a outra é contra o homossexualismo.
Em Ribeirão Preto, existe a sede da Diocese do Recife e da Igreja Anglicana do Brasil.
Oposto Dom Ricardo Lorite de Lima, arcebispo da Igreja Anglicana, defende a postura inclusiva para os homossexuais. Durante a 7ª Parada do Orgulho LGBT, ele esteve presente e fez questão de deixar claro seu apoio a união homossexual.
Segundo ele, desde 2008 uma resolução que aceita a ordenação de homossexuais foi aprovada e, recentemente, decidiram fazer a benção homoafetiva.
Lima alega não representar o pensamento vigente da instituição religiosa. Existem vários grupos de anglicanos, os mais conservadores e os mais liberais, diz, complementando que constantemente é perseguido por seu modo de pensar.