Durante 40 anos, Kevin Hartnett trabalhou no Goddard Space Flight Center (Centro de Voo Espacial Goddard) da NASA. O físico e astrônomo também já liderou pequenos grupos em várias igrejas ao longo de décadas.
Ao contrário do que muitos céticos dizem, o cientista mostra que é possível harmonizar Bíblia e Ciência. Kevin se aposentou como gerente de operações científicas do Telescópio Espacial Hubble.
Atualmente, vive com a esposa em Maryland, perto de Washington, nos EUA e comparou sua carreira dizendo que se sentiu como alguém que teve a rara oportunidade de se sentar nas melhores cadeiras diante de um show ou evento.
‘Quem poderia imaginar?’
Kevin conta que dedicou bastante tempo na direção de várias missões científicas: “Consegui um lugar privilegiado na primeira fila para assistir e participar dos avanços tecnológicos da engenharia aeroespacial e do crescimento das disciplinas científicas que tanto amo”.
“Na verdade, passei meus últimos 25 anos ajudando a gerenciar operações científicas no celebrado programa do Telescópio Espacial Hubble. Durante meu mandato em Goddard, os telescópios transportados por satélite espiaram com sucesso acima dos efeitos de filtragem e desfoque da atmosfera da Terra pela primeira vez”, revelou.
“As editoras de livros têm estado francamente ocupadas desde então, reescrevendo e revisando livros didáticos de astronomia para todas as séries, já que novas descobertas agora ocorrem praticamente a cada semestre”, continuou.
“A missão Hubble sozinha contribuiu imensamente para nossa compreensão do cosmos. Quem diria, por exemplo, que o universo não estava apenas se expandindo, mas acelerando? Quem previu a imensa variedade morfológica e complexidade das nebulosas planetárias”, refletiu.
“Quem poderia imaginar que verdadeiros planetas em torno de outras estrelas são tão comuns e que os buracos negros supermassivos ocupam os centros de quase todas as galáxias de tamanho considerável”, mencionou.
Imagem obtida através do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA — Pilares da Criação da Nebulosa da Águia. (Foto: NASA ESA/Hubble Heritage Team)
‘Os céus declaram a glória de Deus’
Ao citar o Salmo 19, o cientista associou os dois primeiros versículos: “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite”.
“De fato, muitos atributos gloriosos de Deus agora são declarados a nós em voz alta e de maneira profunda, todas as noites, a partir de diversos telescópios espaciais e observatórios terrestres em todo o mundo”, destacou.
“É maravilhoso, é inegável que quanto mais você observa, mais você vê a Sua criatividade, poder e beleza. Por que o universo está se expandindo? Não sabemos, mas Ele sabe”, disse ao mencionar que os cientistas atribuem isso a algo que chamam de energia escura. “Mas chamam assim porque é desconhecida para eles”, acrescentou.
‘A natureza é requintada e complexa’
Em seu artigo no Desiring God, ele compartilhou sobre o avanço das descobertas astronômicas, citando as nebulosas planetárias que são agora entendidas como estrelas e sobre os mistérios que permanecem ocultos.
Segundo o cientista, há muitas coisas que os homens não sabem: “Mas Deus sabe”, disse ao lembrar que até um simples próton já foi descrito como “a coisa mais complicada que alguém poderia imaginar”.
Sobre a expansão do universo, ele contou que cosmólogos e astrofísicos estudam fenômenos como a colisão de estrelas de nêutrons e buracos negros: “Suas velocidades e energias revelam verdades sobre a natureza da matéria e da antimatéria que são extremamente difíceis de discernir”.
“E não importa que canto do universo você examine, a natureza e a operação dos processos envolvidos são inevitavelmente mais requintadas e complexas do que inicialmente percebido”, disse.
Imagem obtida através do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA — Berçário estelar localizado na constelação de Gêmeos. (Foto: NASA ESA/JC Tan - Chalmers University & University of Virginia / R. Fedriani - Chalmers University)
‘Minha fé foi fortalecida’
“Deus realmente parece se deliciar com essa complexidade celestial. Encontramos vários lugares em sua palavra onde ele usa os céus para expor a extensão de seu conhecimento, poder e força”, disse ao apontar para os textos de Salmos que falam sobre a Criação e Seu Criador.
“Mesmo os cientistas seculares tornam-se teológicos quando descobrem aspectos da matemática subjacente do universo que desafiam a explicação. Podemos dizer que a ‘mão de Deus’ escreveu esses números, mas não sabemos como ele usou o lápis”, disse simbolicamente.
“Honestamente, minha fé é fortalecida sabendo que Deus, que construiu tais enigmas científicos na criação e nos deu as Escrituras, gentilmente descreveu sua atividade há milhares de anos com as palavras compreensíveis que estão em Isaías 45.18.
“Pois assim diz o Senhor, que criou os céus, ele é Deus; que moldou a terra e a fez, ele a fundou; ele não a criou para estar vazia, mas a formou para ser habitada; ele diz: Eu sou o Senhor, e não há nenhum outro”.
Conforme resumiu o cientista: “O cosmo continua pregando e Deus é magnífico além da nossa compreensão — a complexidade, poder e grandeza do universo são presentes intencionais de Deus para nós, que foram destinados para nos ajudar a entender como Ele é”.
Imagem obtida através do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA — Formação estelar da Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma galáxia satélite anã da Via Láctea. (Foto: NASA ESA/D.A Gouliermis/Flickr Eedresha Sturdivant)