A Bíblia é machista? Pastor explica por que mulheres são chamadas de “parte mais frágil”

Segundo ele, as pessoas estão distorcendo o significado do texto bíblico.

Fonte: Guiame, com informações de Christian PostAtualizado: quinta-feira, 11 de agosto de 2022 às 13:35
Pastor David Marvin, da Igreja Watermark Community, em Dallas, EUA. (Foto: Captura de tela/YouTube The Porch)
Pastor David Marvin, da Igreja Watermark Community, em Dallas, EUA. (Foto: Captura de tela/YouTube The Porch)

O que realmente o texto bíblico quer dizer com as palavras “tratar com honra, como parte mais frágil”, conforme 1 Pedro 3.7? O jovem pastor David Marvin, da Igreja Watermark Community, em Dallas, disse que o apóstolo não estava sendo sexista ou machista ao se referir à mulher como “parte mais fraca”. 

Segundo ele, a palavra “fraca” pode ser traduzida do hebraico como “delicada, suave, refinada ou terna”. 

“Portanto, o versículo não diz que as mulheres são menos significativas que os homens, e não rotula tecnicamente as mulheres como tendo menos força do que os homens”, explicou.

Mas, atualmente, ele aponta para algumas pessoas que distorcem o significado do texto bíblico, dizendo que a Escritura é sexista, ou seja, privilegia mais um sexo do que outro. 

‘Pedro não foi machista’

Marvin esclarece que Pedro estava conversando com os maridos da época da antiga sociedade judaica, que rotulava as mulheres como “propriedades”. O apóstolo sabia que os homens queriam calar a voz delas. 

“Por esse motivo, Pedro estava dizendo que os homens deveriam tratar as mulheres com honra. E isso não tem a ver com valor de comparação — ser mais fraco ou ser menos que alguém”, enfatizou.

“Ser mais delicada não torna a mulher menos valiosa”, disse o pastor ao lembrar que a Bíblia adverte aos homens para que “sejam cuidadosos, pois maltratar as mulheres pode levar a uma consequência espiritual”. 

‘Em Cristo não há diferenças’

“O que Pedro está dizendo aos homens, é que usem sua força para servir, proteger e morrer para si mesmo. Se não agirem assim, terão suas orações interrompidas”, mencionou. 

Depois, também lembrou de Gálatas 3.26-28, onde diz que na unidade do corpo de Cristo não há diferenças, seja entre homens e mulheres, judeus e gregos, escravos ou livres — todos são um em Cristo Jesus. 

“A Bíblia é tão clara ao dizer que homens e mulheres são iguais, já que todos são definidos por Cristo”, reforçou. 

“A cultura moderna está atacando a imagem de Deus’

Marvin também abordou a questão relacionada à Lia Thomas — um homem biológico que se identifica como mulher. Lia foi indicada para o prêmio “Mulher do Ano”, de 2022, pela Universidade da Pensilvânia. 

O prêmio faz parte da National Collegiate Athletic Association (NCAA), que organiza os programas de esporte universitário nos Estados Unidos. 

A nadadora Riley Gaines, uma das atletas que participou da competição, disse que “é mais um tapa na cara das mulheres”, já que Lia Thomas tem o sexo biológico masculino e levou uma vantagem injusta na categoria feminina.

Marvin disse que, embora sinta “amor, cuidado e preocupação por quem não conhece Jesus”, ele vê isso como um exemplo da cultura moderna “atacando a imagem de Deus na humanidade”.

'Mulheres devem ser tratadas com dignidade e respeito’

Olhando diretamente para os homens e mulheres na platéia, o pastor lembrou que todos possuem “seu valor eterno” e que ninguém deve ser tratado como inferior quando o assunto é o desígnio de Deus e a sua incrível criação.

“A cultura de Cristo é superior, e ela diz que as mulheres foram feitas à imagem de Deus. Elas possuem um valor eterno”, frisou. 

“Elas são dignas de serem tratadas com respeito, e seu valor não vem do corpo, das roupas que vestem ou da aparência. Vem do fato de serem feitas à imagem de Deus”, continuou. 

“Os cristãos, tanto homens quanto mulheres, devem trabalhar pensando em desempenhar seu papel a fim de garantir uma sociedade de igualdade para todos”, concluiu. 

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