A produção do Big Brother Brasil surpreendeu a muitos telespectadores no último domingo, ao anunciar dois fatos consecutivos sobre a sua edição de 2015: a desistência do participante Rogério antes mesmo que de começar o programa e a entrada do teólogo curitibano e jogador de pôquer, Marco, de 35 anos, como substituto.
Quando questionado sobre a sua história, Marco confessou que gosta de jogar pôquer - tanto que chegou a ir para Las Vegas, disputar o torneio mundial e ganhou 36 mil dólares - mas "o foco no dinheiro estava ocupando espaço", segundo ele próprio contou.
Já tendo passado pela Aeronáutica e faculdade de Engenharia Civil, Marco buscou na fé e em sua família, o preenchimento deste vazio. Estudou Teologia e casou-se com Karina.
Atualmente, Marco se considera realizado ao lado da esposa, os dois enteados e o filho Alexandre Lesous Marcon. O nome da criança que nasceu em 2014 faz menção à fé do casal, que se aventurou pela "Jornada Mundial de Juventude", no Rio de Janeiro (2013). Marco explicou que "Lesous" significa Jesus, em grego.
Ao comentar a "aventura" do casal, na JMJ, Karina revelou que naqueles dias já estava grávida do pequeno Alexandre, mas não sabia.
"Eu estava grávida e nem sabia. Curti a jornada mundial como todo mundo. Dormimos na areia, andamos muito, subia nas costas do Marco para ver o Papa passar. Ele (o filho) já nasceu muito abençoado", lembrou ela.
Na divulgação do programa, a produção destacou que voltará a ter "gente normal" entre os participantes.
Contextualização
Apesar de um número cada vez maiores de telespectadores dizer que "não aguenta mais", a insistência da rede Globo com este reality show é clara.
Considerado uma fábrica de subcelebridades, o Big Brother Brasil já enfrentou diversas situações complicadas com seus participantes em edições passadas, chegando a ter até mesmo casos de estupro dentro da casa.
Cenas de nudez e sexo no programa também já deixaram de ser novidade. Em uma das edições mais recentes o apresentador Pedro Bial chegou a chamar a atenção dos participantes por eles estarem "comportados demais".
A entrada do teólogo pode soar como uma busca da rede globo em atingir o público cristão de alguma forma.
Em entrevista, a ex-BBB Bruna Tavares contou que já era evangélica quando decidiu participar do programa e que tinha o desejo de "evangelizar" dentro da casa. Porém a tentativa fracassou.
"Tinha essa coisa no coração de chegar lá e pensar: 'Eu vou ser a pastora do Big Brother'. Mas não é o lugar para isso. Eu entrei lá com uma expectativa que foi completamente frustrada logo na primeira semana de programa", disse.