Diante do aumento da violência terrorista, muitas famílias muçulmanas estão se voltando para o cristianismo. Segundo relatos do presidente de um canal de TV árabe, é na fé cristã que eles encontram mensagens de paz e amor.
"É surpreendente o dano que o mundo muçulmano tem feito para si mesmo, devido a esta cisma entre sunitas e xiitas", disse Terence Ascott, fundador do canal cristão SAT-7. "Isso levanta sérias questões. As pessoas estão realmente perdendo a confiança na religião organizada."
Ascott acrescentou que os ataques contínuos promovidos pelo Estado Islâmico (EI) e outros grupos terroristas são apenas uma parte dos conflitos que acontecem há mito tempo no mundo muçulmano.
"Os conflitos são problemas enorme para o Islã em geral, porque afastam as pessoas do Islã", disse Ascott. "Em paralelo a isso, estamos pregando uma mensagem de paz, de reconciliação, de amor, e estamos apresentando um Deus que dá sentido para as pessoas".
A SAT-7 produz programas que atingem o público de língua árabe, com mensagens de inspiração baseadas na Bíblia e programas educacionais voltados para crianças localizadas nos campos de refugiados.
"Nós sentimos que este é o momento em que podemos contribuir para o bem-estar de um ser humano, não importa se ele é cristão ou muçulmano. Nossa missão é apresentar o amor de Deus para muitos, apresentar a salvação de Jesus para muitos, e ao mesmo tempo, tentar trabalhar para o bem-estar das pessoas", disse Rita El Mounayer, chefe de canais da SAT-7.
Inúmeras histórias de muçulmanos que se converteram ao cristianismo têm surgido em meio a crise de refugiados, que tem deslocado milhões sírios para a Europa.
Em setembro do ano passado, uma igreja em Berlim, na Alemanha, disse que seu número de membros saltou de 150 para 600 devido aos novos muçulmanos convertidos.
Na época, o pastor Gottfried Martens, da Trinity Church em Berlim, disse que algumas pessoas poderiam estar se convertendo para reforçar suas chances de permanecer na Alemanha, mas incentiva a todos, independentemente.
"Eu sei que há pessoas que vêm aqui porque elas têm alguma esperança de permanecer em um abrigo", disse Martens. "Estou os convidando a se juntar a nós, porque eu sei que quem vem aqui não será deixado."