Conhecido por atuar em grandes filmes, como "Batman", "Os Indomáveis" e "O Vencedor", Christian Bale interpretou o papel de Moisés na grande produção "Êxodo: Deuses e Reis" - que será lançado nos cinemas norte-americanos no dia 12 de dezembro e, logo depois, no dia 25/12, chega ao Brasil. Porém as recentes declarações do ator sobre o seu mais recente personagem não têm agradado muitos cristãos.
Após dizer que Moisés seria provavelmente um homem "esquizofrênico", Bale questionou se o homem que liderou os judeus em uma fuga histórica do exército egípcio seria de fato um "Guerreiro da Liberdade" ou um "terrorista".
"[Moisés foi] absolutamente visto como um combatente da liberdade para os hebreus, mas um terrorista em termos do império egípcio", disse o ator.
Afirmando ter estudado textos religiosos do cristianismo, judaísmo e islamismo para se familiarizar com seu personagem, Bale acrescentou que se o líder hebreu vivesse nos dias atuais, teria que lidar com a tecnologia militar de grandes exércitos.
"O que aconteceria com Moisés se ele vivesse nos dias de hoje? Drones seriam enviada logo atrás dele, certo?", sugeriu.
Ele também elogiou o diretor Ridley Scott para seu empreendimento ousado; o filme de US $ 140 milhões foi filmado em apenas 74 dias.
Em uma entrevista com a revista Variety, Scott - que afirma ser agnóstico - já disse que foi "obrigado" a fazer o filme, devido a uma fascinação que tem por Moisés e sua história. Mas ele também disse que teve que aceitar a existência de Moisés, e os acontecimentos de sua vida como estão registrados nas Escrituras, antes que ele começasse a filmar.
"Uma vez que eu aceito isso, como devo proceder, com o maior respeito para a história? É tão fácil de (apontar o dedo) para as religiões, e nós meio que temos que parar com isso", disse ele.
Apesar disso, tem havido muita discussão sobre o grau de precisão do filme com relação aos textos bíblicos originais.
Scott descreveu a história de Moisés como "uma das maiores aventuras e experiências espirituais que jamais poderia ter conhecido", mas os críticos têm expressado preocupação
de que as tentativas de adaptar o filme para caber nos padrões de Hollywood venham a implicar na perda / distorção de detalhes importantes. Exemplo disso, é que a abertura do Mar Vermelho não será causada diretamente pela força divina, mas sim por um "terremoto".
"Você não pode simplesmente fazer uma abertura gigante, com paredes de tremor de água, enquanto as pessoas andam entre elas", disse Scott em uma entrevista à Entertainment Weekly.
"Eu não acreditei nisso ... quando eu era apenas um garoto sentado na terceira fila. Eu me lembro do que senti, e pensei que seria melhor chegar a uma explicação mais científica ou natural sobre este fato".
Outro fato interessante que tem intrigado conhecedores da Bíblia, é que, Deus aparece para Moisés na forma de um jovem rapaz, interpretado por um garoto de 11 anos de idade - o ator britânico Isaac Andrews.
Ele aparece várias vezes ao longo do filme - se autodenominando "Malak" - para orientar e lidar com Moisés. Malak significa "mensageiro" em hebraico, e Moisés chega a compreender que o menino está sendo usado por Deus para falar com ele.
"Os textos sagrados não dão nenhuma representação específica de Deus, por isso, durante séculos, artistas e cineastas tiveram de escolher a sua própria representação visual," Scott explicou. "Malak exala a inocência e pureza, e essas duas qualidades são extremamente poderosas".
Com informações do Christian Today
*Tradução por João Neto - www.guiame.com.br