Cientista cristão afirma que a Terra tem 6.000 anos literais, conforme Gênesis

Marcos Eberlin defende leitura literal dos dias da criação e critica tentativas de conciliar o texto bíblico com teorias científicas modernas.

Fonte: GuiameAtualizado: terça-feira, 25 de novembro de 2025 às 12:26
Marcos Eberlin durante participação no podcast onde defendeu a leitura literal de Gênesis. (Captura de tela/YouTube/Marcos Eberlin)
Marcos Eberlin durante participação no podcast onde defendeu a leitura literal de Gênesis. (Captura de tela/YouTube/Marcos Eberlin)

O cientista cristão e criacionista Marcos Eberlin participou recentemente de um podcast para discutir a literalidade do tempo descrito no Livro de Gênesis, afirmando que, segundo as Escrituras e a genealogia bíblica, a Terra tem aproximadamente 6.000 anos.

Durante a conversa, Eberlin reforçou que a criação relatada em Gênesis ocorreu em seis dias literais de 24 horas, seguidos do “descanso de Deus” no sétimo dia.

Ao comentar interpretações que tentam relacionar o “Haja luz” com o Big Bang, Eberlin disse que tais leituras são fruto de “tentativas de salvar a Bíblia adaptando-a à ciência dos homens”.

Para ele, essa abordagem distorce o texto bíblico ao impor sobre ele conceitos que não existiam no contexto hebraico antigo.

“A Bíblia é clara, suficiente e inerrante. O texto afirma que Deus criou tudo em seis dias, e o próprio Jesus, ao falar ‘desde o princípio’, reafirma o início literal de todas as coisas”, declarou.

Para o professor, “não precisamos acomodar a Bíblia à ciência falha dos homens” porque a “Palavra de Deus é a verdade!”

Dia de 24 horas

Durante o episódio, Eberlin relatou que entrevistou diversos hebraístas para verificar se o hebraico original permitiria interpretações simbólicas ou poéticas dos dias da criação.

Segundo ele, a resposta de todos foi unânime: Gênesis não abre espaço para que os ‘dias’ sejam entendidos como eras ou longos períodos de tempo.

“Até Darwin, todos os hebraístas entendiam o yôm como um dia literal. Moisés, que escreveu Gênesis, não tinha o conceito de milhões de anos. O povo para quem ele escreveu também não”, afirmou.

O cientista também criticou teólogos e estudiosos que tentam conciliar o Big Bang com o relato bíblico. Ele argumenta que essa interpretação desobedece a ordem da criação: o sol é mencionado somente no quarto dia, enquanto as plantas surgem no terceiro, o que inviabilizaria qualquer ideia de longas eras naturais entre esses eventos.

Evidências genéticas

“Ficou esperando uma era inteira para fazer fotossíntese? Não faz sentido. Tentar encaixar o Big Bang em Gênesis cria uma série de incongruências”, disse.

Eberlin sustentou ainda que evidências genéticas apontariam para uma humanidade recente, fazendo referência à chamada “Eva mitocondrial”, que, segundo ele, convergiria para cerca de 6.000 anos de existência.

“A análise do DNA mitocondrial mostra que todos nós convergimos primeiro para três mulheres – que seriam as noras de Noé – e, antes delas, para uma única mulher, que teria vivido há cerca de 6.000 anos”, explicou.

Ao final, o cientista reforçou que sua defesa pela leitura literal não é apenas teológica, mas também uma questão de coerência com o próprio texto bíblico:

“Gênesis diz: ‘Houve tarde e manhã, o primeiro dia’. No contexto hebraico, isso só pode significar um dia de 24 horas. A Bíblia explica a Bíblia. Quando Jesus diz ‘desde o princípio’, Ele está apontando exatamente para Gênesis 1”, concluiu.

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