À medida que outubro se aproxima do fim, o debate sobre o Halloween em diversos círculos cristãos se torna relevante, uma vez que alguns crentes buscam justificar a participação nesta celebração, enquanto muitos outros alertam sobre o verdadeiro significado que essa festa pode representar.
Na última quinta-feira (10), a pastora Tatiane Joslin, autora do livro Criação Bíblia Compatível: Vivendo uma Maternidade Bíblica, compartilhou orientações para pais sobre como lidar com os filhos no período de Halloween.
No Instagram, Tatiane explicou que o Halloween tem origem maligna e é incoerente com a realidade e os valores cristãos. Em seguida, ela disse: “Mas minha dica é: ‘Não se preocupe em ficar ensinando sobre o que é errado e maligno. Coloque o seu foco em ensinar a verdade, e não a mentira’”.
“Um grande especialista em cédulas falsas de dólar um dia revelou que nunca estudou uma única falsificação, mas conhece profundamente os detalhes da nota verdadeira. Sendo assim, quando tem algo errado, ele percebe de longe e identifica a nota falsa. Que seu filho conheça tanto a verdade e os valores corretos, que quando perceber algo de errado possa identificar e rejeitar”, acrescentou.
A pastora orientou os pais a não permitirem a participação dos filhos em festas de Halloween e não “perderem tempo dando detalhes e se aprofundando sobre essa data comemorativa”.
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Como proceder?
Segundo Tatiane, alguns pais têm dúvidas de como explicar para as crianças sobre o tema ou acham a festa de Halloween inocente. Então, ela refletiu sobre as seguintes perspectivas:
- A festa de Halloween honra a Deus?
“Avalie o teor das fantasias e decoração. Avalie a temática. Trata-se de valorizar as trevas ou a luz?”, questionou a pastora.
- Mas é só uma brincadeira!
“Não considero uma boa brincadeira brincar de bruxaria. Será que imitar práticas malignas é uma boa inspiração para seus filhos?”, destacou ela.
- Mas é algo cultural!
“Primeiro, ensine seu filho a buscar sempre a cultura do Reino. Segundo, você quer que essa cultura perpetue?”, alertou.
- Mas meu filho acha divertido!
“É uma boa oportunidade de ensinar que nem tudo que parece é. Fale com seu filho que existe um inimigo que quer nos enganar. E faça uma programação ainda mais divertida”, disse a pastora.
- Mas meu filho está protegido pelo sangue de Jesus!
“Concordo plenamente, não se trata de medo de maldição, se trata de mostrar ao seu filho que as coisas deste mundo não são para nós”, afirmou ela.
Citando a Bíblia, Tatiane destacou Efésios 5:11: “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz”.
1 Coríntios 10:21: “Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”.
E Efésios 5:7-8: “Portanto, não participem com eles dessas coisas. Porque outrora vocês eram trevas, mas agora são luz no Senhor. Vivam como filhos da luz”.
Por fim, a pastora informou que está preparando um devocional para trabalhar com as crianças pré-Halloween.
Significado do Halloween
O pastor Antônio Júnior explicou em seu canal no YouTube, através do vídeo “É pecado participar do Halloween? Descubra a verdadeira história do Dia das Bruxas”, que a festa não tem nada de inocente.
“Pois bem, o Halloween surgiu no século 5 antes de Cristo, com o povo celta que habitava nos países da Irlanda, Inglaterra e França”, disse ao revelar que da noite do dia 31 para o 1° de novembro era celebrado o ano novo daquele povo, o qual também era chamado de “feriado do senhor da morte”.
Segundo alguns líderes cristãos, a festa cada vez mais popular no Brasil, conhecida por Halloween, comemorada no dia 31 de outubro, é uma ocasião satânica e espiritualmente perigosa.
Então, na noite do banquete do dia 31, esses espíritos teriam a permissão de voltar para as suas casas e para tentar possuir os corpos das pessoas que ainda viviam, porque, segundo eles, essa seria a única esperança para os espíritos depois da morte.
“E como as pessoas não queriam ser possuídas por espíritos maus, elas tomavam algumas precauções para se protegerem, como, por exemplo, fazer sacrifícios humanos e de animais como oferendas para que o senhor da morte se acalmasse e não permitisse que os espíritos possuíssem ou machucassem alguém”, disse o pastor.
“Além disso, as pessoas apagavam o fogo de suas casas para torná-las frias e indesejáveis. Depois, faziam lanternas com carcaças de abóboras e se vestiam com fantasias macabras e faziam muita bagunça pelas casas da vizinhança para espantar os espíritos que vagavam”, continuou.
“Uma coisa que precisa ficar bem clara é que o dia do Halloween é uma das datas importantes para os adeptos da igreja satânica. Muitos bruxos, satanistas e adoradores do diabo se preparam durante todo o ano para este dia”, destacou.
“Além de ser considerado por eles o aniversário de Satanás, é o dia ideal para fazer sacrifícios humanos e pactos com o inimigo. Diante disso, eu pergunto: será que o Halloween realmente é uma festa inocente, que não tem nada a ver com as forças malignas do mundo espiritual?”, questionou.
Visão de um ex-satanista
O ex-satanista e atualmente evangelista, John Ramirez, explicou que o significado da cabeça de abóbora usado no Halloween costuma ser usada por frequentadores da Santeria — religião cubana conhecida como o “caminho dos santos”, fundada pelos povos escravizados da África Ocidental, mais conhecida no Brasil como Umbanda ou Candomblé.
Ramirez conta que a abóbora como símbolo pertence a um principado demoníaco: “Conhecida como a ‘mãe dos rios’, ela opera com abóbora, mel, dinheiro e ouro. E ela é uma transfiguração de Jezabel na Bíblia”.
Para quem não vê maldade em participar das festas do Halloween, o evangelista alerta que essa é uma característica de um crente morno.
Ramirez ressalta que não existe um “lugar seguro” para as crianças celebrarem o Halloween porque nunca se deve sequer cogitar a ideia de lidar com os reinos satânicos.
Conforme o ex-satanista, até mesmo os doces consumidos no Halloween são consagrados:
“Esses doces recebem ‘orações’ de adoradores do diabo, pessoas desprezíveis que não querem o bem dos seus filhos”.
O evangelista finaliza dizendo que crianças cristãs deveriam aprender a “colher almas” e não a “colher doces” nas celebrações do Halloween.