Cristãs que trabalham para grupo missionário são sequestradas e estupradas , na Índia

Os agressores estupraram as mulheres sob a mira de uma arma e ainda filmaram toda a ação.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sábado, 23 de junho de 2018 às 13:29
Cerca de 40  mil casos de estupro foram registrados na Índia em 2016. (Foto: Reprodução).
Cerca de 40 mil casos de estupro foram registrados na Índia em 2016. (Foto: Reprodução).

Cinco mulheres que trabalhavam para um grupo missionário cristão foram sequestradas e estupradas por homens que filmaram o crime, informou a polícia no leste da Índia na última sexta-feira (22).

A AFP informou que as mulheres estavam realizando uma peça com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o tráfico de pessoas, o que é um grande problema na Índia, no distrito de Khunti, no estado de Jharkhand, quando foram sequestradas por homens que não foram identificados.

Os agressores, que estupraram as mulheres sob a mira de uma arma, teriam filmado suas ações em um vídeo. O policial Rajesh Prasad disse que as mulheres trabalhavam para a organização não-governamental Asha Kiran, que é apoiada por um grupo missionário cristão local.

Prasad explicou que a polícia está questionando várias pessoas, incluindo os defensores do movimento anti-establishment Pathalgadi. AV Homkar, outro policial, disse a Niraj Sinha, da BBC Hind, que as mulheres se dirigiram a uma escola missionária local depois de realizar sua peça sobre tráfico humano.

"Na mesma hora, algumas pessoas armadas chegaram à escola. Eles sequestraram cinco meninas de sua equipe e as levaram para a selva, estuprando-as. Dedicamos três equipes de policiais para interrogar várias pessoas", disse Homkar.

"Ainda estamos processando o que aconteceu", disse Rajiv Ranjan Sinha, da Rede Jharkhand Anti-Tráfico. "Esta é a primeira vez que os trabalhadores de campo são alvos. Agora, será mais difícil trabalhar com essa questão", acrescentou ele, conforme relatado pela NDTV.

Cerca de 40  mil casos de estupro foram registrados na Índia em 2016, muitos deles envolvendo garotas jovens, o que provocou indignação pública e demandas para que a polícia faça mais para proteger mulheres e crianças dos agressores.

Cristãos, incluindo muitas mulheres, foram submetidos a assaltos terríveis em locais rurais na Índia devido à sua fé. No início desta semana, uma estudante de 22 anos revelou como ela e sua mãe foram perseguidas, arrastadas e espancadas por radicais hindus em sua aldeia natal, sendo informadas de que, como cristãs, não eram mais bem-vindas.

A mulher, identificada como Bahia em um artigo da Portas Abertas, disse que os radicais hindus "ameaçaram me estuprar e me matar" se ela voltasse para casa. "A situação na aldeia ainda não foi resolvida. Quero passar mais tempo aprendendo sobre Deus para que um dia eu possa voltar com o Evangelho. Essa é a promessa que fiz à minha mãe", disse Bahia.

"É o meu profundo desejo de compartilhar a palavra de Deus. Quero dizer a todos que Jesus não morreu apenas por estrangeiros. Ele morreu por todos. Essa é a minha mensagem para as pessoas da minha aldeia, para as pessoas na Índia e para as pessoas fora do nossa país", colocou.

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