A cidade de Atlanta, na Geórgia, concordou em pagar ao ex-chefe dos bombeiros Kelvin Cochran, uma idenização de US $ 1,2 milhão depois que um Tribunal Distrital Federal decidiu em dezembro de 2017 que as políticas da cidade que levaram à demissão dele eram inconstitucionais.
O conselho da cidade votou na última segunda-feira (15) para indenizar o ex-chefe dos bombeiros, reconhecendo que ele havia sido tratado de forma injusta. Cochran é representado por advogados da ‘Alliance For Defending Freedom’ (ADF).
A carreira de Cochran tinha sido focada em proteger os outros. Por 30 anos, ele fez isso como bombeiro. Ele serviu como o chefe dos bombeiros dos EUA sob o governo de Barack Obama e levou a cidade de Atlanta a atingir o mais alto nível de preparo para o resgate e combate a incêndios pela primeira vez em sua história.
Mas isso chegou ao fim em 2015, quando a cidade de Atlanta o demitiu porque ele escreveu em seu tempo livre um livro de devocionais para homens. A obra menciona brevemente seus pontos de vista sobre uma compreensão bíblica do casamento e da sexualidade, o que, consequentemente não considerava a homossexualidade como algo que estivesse de acordo com o Evangelho.
Como a CBN News relatou, a cidade não aprovou o livro de Cochran. Depois de uma suspensão de 30 dias sem remuneração, a fim de completar o "treinamento de sensibilidade" e uma investigação sobre sua conduta (que mostrou que ele nunca havia discriminado ninguém no corpo de bombeiros), sua carreira chegou ao fim em Atlanta.
Isso levou Cochran a embarcar em uma batalha legal de três anos que ele diz que nunca foi apenas sobre ele.
"O governo não pode forçar seus funcionários a pedir sua permissão antes de desfrutarem da liberdade de expressão. Também não pode demiti-los por exercerem a liberdade da Primeira Emenda, fazendo com que eles percam sua liberdade e seus meios de subsistência", disse o Conselheiro Superior da ADF, Kevin Theriot, em um comunicado de imprensa.
"Estamos muito satisfeitos que a cidade esteja compensando o chefe Cochran como deveria, e esperamos que isso sirva como um impedimento para qualquer governo não venha a atropelar as liberdades constitucionalmente protegidas de seus funcionários públicos", acrescentou.
Agora, todos os funcionários do governo se beneficiam com sua vitória, de acordo com a ADF. Eles não precisam mais se preocupar em perder seus empregos se optarem por exercer seus direitos da Primeira Emenda fora do trabalho — mesmo que o governo não aprove seus pontos de vista.