Nos dias que antecedem o segundo turno das eleições, o pastor Joel Engel mostra como a Bíblia orienta os cristãos a escolherem o governante da nação.
“Para nós, que somos cristãos, o presidente-mor é Jesus, mas devemos pensar no plano de governo de cada candidato. É bíblico nós escolhermos alguém para governar nossa nação”, disse Engel em culto na terça-feira (25).
O pastor relembra o momento em que o povo escolheu entre Jesus e Barrabás e observa que “essa é a primeira eleição que vemos no Novo Testamento”.
Segundo o livro de Mateus, Jesus foi posto diante do governador Pilatos após ser acusado por líderes religiosos de se autoproclamar Messias. Por ocasião da Páscoa, era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela multidão.
Eles tinham, naquela ocasião, duas escolhas: um prisioneiro muito conhecido, chamado Barrabás, ou Jesus. Mas os líderes religiosos convenceram a multidão a votar pela soltura de Barrabás e mandasse executar a Jesus.
“Quem apresentou a acusação e pediu pela morte de Jesus foram os sacerdotes”, observou Engel. “Eles eram as pessoas mais entendidas sobre as leis. Como eles estavam debaixo do poder de Roma, eles não podiam pedir a pena de morte, e por isso levaram o caso diante de Pilatos.”
O pastor ensina que “Barrabás era um líder revolucionário e chefe dos salteadores”, enquanto Jesus estava ao seu lado, “sem ter cometido crime algum”.
Quando Pilatos percebeu que a multidão havia escolhido Barrabás, lavou suas mãos e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”.
“O pior erro cometido por Pilatos foi lavar as mãos. Não tomar partido nem do A, nem do B”, observou Engel. “O que vemos no Brasil hoje é que a maioria das pessoas não querem tomar posição. Preferem ficar em casa e não votar. Você está agindo como Pilatos.”
E alertou: “Pilatos é a pessoa que tem o poder de decisão e hoje quem tem esse poder é você, porque o poder emana do povo. A Suprema Corte de Israel influenciou Pilatos com todas as forças, para sentenciar Jesus e soltar Barrabás, mas o povo é quem decide. O grito do povo é o que vai definir.”
Requisitos bíblicos do governante
“Você que é cristão precisa perguntar a Deus: Senhor, o que tu exiges de um governador?”, orienta Joel Engel.
Para responder, o pastor se baseou nas orientações dadas por Deus em Deuteronômio.
1. Escolha alguém do seu povo; que compartilhe os mesmos valores
Se quando entrarem na terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá, tiverem tomado posse dela, nela tiverem se estabelecido, vocês disserem: "Queremos um rei que nos governe, como têm todas as nações vizinhas", tenham o cuidado de nomear o rei que o Senhor, o seu Deus, escolher. Ele deve vir dentre os seus próprios irmãos israelitas. Não coloquem um estrangeiro como rei, alguém que não seja israelita. (Deuteronômio 17:14,15)
“Escolha alguém que seja parecido com você e carregue os mesmos valores que você. Não coloque alguém estranho ou diferente do seu povo. Não dê autoridade para alguém governá-lo que seja estranho, ou contra os seus princípios”, orienta.
2. Escolha alguém que não usa seu cargo para enriquecer
Esse rei, porém, não deverá adquirir muitos cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito para conseguir mais cavalos, pois o Senhor lhes disse: "Jamais voltem por este caminho". (Deuteronômio 17:16)
“A pessoa que vai governar deve servir à pátria, e não usar seu cargo político para enriquecimento pessoal”, afirma Engel.
3. Escolha alguém que teme a Deus
Quando subir ao trono do seu reino, mandará fazer num rolo, uma cópia da lei, que está aos cuidados dos sacerdotes levitas para o seu próprio uso. (Deuteronômio 17:18)
O que significa levar a cópia da lei ao trono? Para Engel, significa que o político deve levar em consideração a Palavra de Deus. “Escolha alguém que lê a Bíblia, alguém que teme ao Senhor e guarda a sua palavra”, afirma.
O então pastor alerta que devemos votar por valores bíblicos ou sofreremos as consequências. “O dia 31 de outubro será o dia em que cada pessoa decide. Se você fizer uma péssima escolha, vai precisar de ajuda para recolher os pedaços”,
Por outro lado, Engel lembra que ainda que a maioria das pessoas no Brasil façam a escolha errada, a Igreja de Cristo continuará sendo a resposta para o mundo. “Nós já temos o nosso Messias, já temos alguém que garante que teremos paz e prosperidade. Não importa o resultado das eleições. Podem botar uma mula para governar, nada irá mudar em minha vida. Ainda que seja uma péssima escolha, a igreja encherá de pessoas, porque iremos socorrer milhares.”
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