Em menos de 2 anos, Igreja Lagoinha Niterói atrai milhares com culto despojado

“A ideia, na verdade, era que o espaço fosse frequentado por pessoas que nem pensariam em entrar numa igreja evangélica tradicional. Nada contra, pelo contrário, elas são importantíssimas, mas queríamos mostrar que somos diferentes”, explica o Pastor Felippe Valadão.

Fonte: Guiame, com informações de O GloboAtualizado: segunda-feira, 30 de março de 2015 às 12:47
Pastor Felippe Valadão durante pregação na Igreja Lagoinha Niterói. (Luiz Ackermann / Agência O Globo)
Pastor Felippe Valadão durante pregação na Igreja Lagoinha Niterói. (Luiz Ackermann / Agência O Globo)

 

Liderada pelos Pastores Felippe e Mariana Valadão, a Igreja Lagoinha Niterói, no Rio de Janeiro, têm crescido consideravelmente desde que foi fundada em julho de 2013. De acordo com O Globo, em um ano e oito meses, a igreja conta com 5.700 fiéis – só no culto do último domingo, 89 jovens foram batizados.

A Lagoinha, tradicional em Belo Horizonte, chegou a Niterói depois que o casal foi abençoado pelo Pastor Marcio Valadão, pai de Mariana. Aos poucos, os encontros de oração dentro de casa chamados GC (Grupo de Crescimento) foram crescendo e, em menos de três meses, foi inaugurado o espaço da igreja no bairro de Icaraí.

O ambiente é diferente de uma igreja tradicional, caracterizado pela luz baixa, som alto, jogos de iluminação, vídeos e selfies. Segundo o Pastor Felippe, o estilo despojado é apenas uma estratégia para em atrair pessoas que não pensariam em entrar numa igreja – independente de sua idade.

Figuras conhecidas como o goleiro Jefferson, da seleção e do Botafogo, e o funqueiro MC Leozinho participam dos cultos sempre que podem.

“Temos aqui fiéis de todas as faixas etárias, famílias inteiras. A ideia, na verdade, era que o espaço fosse frequentado por pessoas que nem pensariam em entrar numa igreja evangélica tradicional. Nada contra, pelo contrário, elas são importantíssimas, mas queríamos mostrar que somos diferentes. A luz baixa é para que as pessoas se concentrem mais durante o culto, para que não fiquem olhando umas para as outras. Apenas isso”, esclareceu.

Um dos exemplos de que a estratégia funciona é o baixista do grupo de louvor, Gustavo Moura Ferreira, o Guto. Em novembro de 2013, estava passando em frente a igreja de carro, viu uma grande fila, resolveu entrar e se surpreendeu.

“Na época, eu era usuário de drogas. Estava indo a um morro comprar para usar. Quando vi a fila, não pensei duas vezes. Como liam a Bíblia em smartphones, não parecia ser a entrada de uma igreja. Achei realmente, pelo tamanho, que era uma boate. Entrei, vi tudo lotado, e só quando o pastor começou a falar percebi o que estava acontecendo. Tentei até sair, mas estava tão cheio que acabei ficando. A partir dali me converti. Os R$ 50 que ia usar para comprar drogas doei para a igreja”, conta Guto.

Em relação às doações que a igreja recebe, o casal de pastores deixou claro que dízimo é algo voluntário. “Não gostamos de tocar nessa questão do dinheiro, tanto que, durante o culto, eu falo bem rápido sobre a contribuição. Acho que, por isso também, acabamos atraindo mais as pessoas. Não é uma exploração. Temos aqui médicos, advogados, megaempresários que se sentem mais à vontade frequentando a Lagoinha porque não forçamos nada em relação a dinheiro”, explica Felippe. 

Os relacionamentos baseados em princípios cristãos são incentivados pelos pastores, casados há 8 anos. “O mundo aí fora está muito ruim, muita coisa triste acontecendo. Está solteiro? Venha aos cultos, especialmente ao culto jovem. É aqui que você vai se arrumar. É melhor que os casais se formem aqui dentro, casais de Deus. E nós gostamos de saber quando eles começam a namorar, abençoamos. Já saíram muitos casamentos daqui”, conta Felippe.

 

 

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