O deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) está sendo processado por duas jovens que se beijaram durante um culto evangélico onde estava ministrando, em 2013. Depois de serem detidas por policiais na ocasião, as jovens pedem indenização de R$ 2 milhões por danos morais.
O culto aconteceu em São Sebastião, no litoral paulista. Após o beijo, Feliciano mandou prender as estudantes. “Essas duas precisam sair daqui algemadas”, disse Feliciano, que recebeu aprovação da congregação aos aplausos.
Agentes da Guarda Civil Municipal detiveram Joana Palhares, de 18 anos, e Yunka Mihura, de 20, e levadas as jovens algemadas ao 1.º Distrito Policial de São Sebastião. Segundo elas, o beijo foi para protestar contra a homofobia.
“Elas alegaram homofobia, mas isso não existe nem na Constituição e nem no Código Penal. Elas estavam seminuas montadas nas costas de dois rapazes, foi ridículo. Elas estão fazendo o Judiciário perder tempo. Estamos tranquilos, serenos. A ação carece de fundamento. É mais um absurdo”, afirmou o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer.
Na ocasião, Joana afirmou ter sido agredida. “Eles (guardas civis) me jogaram na grade e depois nos levaram para debaixo do palco, onde fui agredida por três guardas. E ainda levei dois tapas na cara”, disse Joana. Yunka disse não ter apanhado. “Me senti impotente enquanto a Joana apanhava e eu não podia fazer nada”.
As jovens – que estavam seminuas sobre os ombros de dois rapazes –, reclamaram que o mesmo não foi feito com casais heterossexuais que se beijaram durante a pregação.